AS PRÁTICAS RELIGIOSAS DENTRO DO PROCESSO DE REABILITAÇÃO DE QUÍMICO-DEPENDENTES NO MUNICÍPIO DE QUIRINÓPOLIS, GOIÁS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31668/rta.v22i02.12085

Palavras-chave:

Religião, Drogas, Saúde, Dependência química, Recuperação

Resumo

O objetivo deste artigo é demonstrar os resultados da pesquisa dissertativa de mestrado em Ciências da Religião pela PUC GO (2012-2013), sobre as práticas religiosas utilizadas no processo de reabilitação de químico-dependentes. Questionou-se se a Casa do Oleiro, entidade confessional de recuperação que recebia drogadictos promove a recuperação de seus internos eficaz, por meios religiosos de terapia. Considerou-se a análise de dados, o tempo de recuperação e a estatística de recuperados, no tempo proposto. Tratou-se de uma pesquisa exploratória de caráter bibliográfico com pesquisa de campo quando se visitou a entidade e se entrevistou internos por meio de questionário elaborado pelo pesquisador. Os resultados apurados da pesquisa permitem inferir que as práticas religiosas utilizadas no processo em questão, fornecem condições de nomia social e recuperação, desde que o interno esteja disposto a aderir às práticas religiosas trabalhadas como proposta terapêutica de abstinência que a entidade oferece.

Biografia do Autor

  • Gilson Xavier de AZEVEDO, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Câmpus Quirinópolis

    Pós-doutor em Educação pela PUCGO (2020). Doutor em Ciências da Religião pela PUC-GO (2014-2017-BOLSISTA FAPEG). Mestre em Ciências da Religião pela PUC-GO (2012-2014 - BOLSISTA FAPEG). Filósofo (Dom Felício, 1998/FAEME, 2007), Pedagogo (UVA-ACARAÚ, 2004) e Teólogo (CETHEL, 2002/MACKENZIE, 2006), Pós-graduado em Administração Escolar e Coordenação Pedagógica (UVA-RJ, 2006), Ética e cidadania (UFG, 2012), Filosofia Clínica (Inst. Packter/PUC, 2013), Neuropsicopedagogia (Prominas, 2018), Ensino de FIlosofia e Sociologia (Prominas (2021). Professor Titular de Antropologia pela FAJOP (2017), Filosofia do Direito e Filosofia Empresarial pela FAQUI (desde 2006). Coordenador do NAED (Núcleo de Apoio à Educação à distância pela FAQUI (2017); Docente Efetivo da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Quirinópolis (Concurso 2013); Docente convidado de Pós-graduação pela UEG, Câmpus Mineiros, GO; Coordenador da Pós em Docência e inovação na educação básica pela UEG Câmpus Quirinópolis. Docente convidado e ex-preceptor do curso de Pedagogia pela UNIUBE. Ex-coordenador do curso de Pedagogia da UEG (2010-2011). Coordenador de EAD e Pós-graduação em EAD FAQUI. Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da FAQUI (2019). Coordenador do Programa de Iniciação Científica da FAQUI (2019). Criador e Coordenador de Pós-graduação em Docência e inovação UEG. Escritor. Articulista. Avaliador de cursos do Guia do Estudante; Editor das Revistas REEDUC-UEG, ANAIS SIMPED UEG, RECIFAQUI, ANAIS FAQUI. Ex-vereador suplente eleito por Quirinópolis (2012-2016). Palestrante e conferencista com mais de 300 horas de atividades proferidas. Youtuber com mais de 3000 membros no canal e quase 2 milhões de views (gilson.azevedo@ueg.br) (WhatsApp: 64-99618-0614) (http://orcid.org/0000-0001-5207-1351).

  • Carolina Teles LEMOS, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)

    Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Umuarama (1989), Graduação em Psicologia pela PUC Goiás (2017), mestrado em Ciências Sociais e da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1994) e doutorado em Ciências Sociais e da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1998). Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, gênero, catolicismo, tradições culturais e práticas de religiosidade popular.

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Publicado

2022-11-21

Edição

Seção

ARTIGO ACADÊMICO

Como Citar

AS PRÁTICAS RELIGIOSAS DENTRO DO PROCESSO DE REABILITAÇÃO DE QUÍMICO-DEPENDENTES NO MUNICÍPIO DE QUIRINÓPOLIS, GOIÁS. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 22, n. 02, p. 22, 2022. DOI: 10.31668/rta.v22i02.12085. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/12085.. Acesso em: 15 ago. 2025.