CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CONCEITO DE LIBERDADE EM DUAS CARTAS DE ALFORRIA DE GOIÁS/GO
Palavras-chave:
Cartas de alforria, Mudança Linguística, Memória.Resumo
Este artigo pretende mostrar como se analisou as cartas de alforria de Rita Mulata e Roza Mulata na monografia intitulada Usos linguísticos e caminhos sócio-históricos de duas cartas de alforria na cidade de Goiás, apresentada por Franciele Rosa dos Santos Amaral como trabalho de conclusão do Curso de Letras do Campus Cora Coralina da Universidade Estadual de Goiás (UEG), sob a orientação do Prof. Cesar Augusto de Oliveira Casella. Esta análise, que partiu da noção de que a mudança linguística é inerente às línguas e do referencial teórico da Linguística Histórica, tentou avançar para os aspectos sócio-históricos, contextuais aos documentos. Passando-se também pelas questões ortográficas e pelos níveis linguísticos afetados pelo decorrer do tempo, buscou-se entender a história e os usos sociais dos documentos, o gênero textual a que pertencem e o contexto de época, partilhando-se da perspectiva de Afrânio Barbosa em Fontes escritas e história da língua portuguesa no Brasil: as cartas de comércio no século XVIII de que “só há história de uma língua se houver textos”. Assim, a pesquisa entende que a língua passa por mudanças, evidenciadas tanto nos níveis linguísticos quanto na ortografia, mas que estas dependem dos caminhos sócio-históricos e dos usos linguísticos, só assim podendo-se esboçar o 'por quê', o 'para quê' e o 'para quem' consignados nas cartas de alforria.