O DILEMA DEMOCRÁTICO
COMO A DEFESA DA DEMOCRACIA PODE SER ANTIDEMOCRÁTICA
Mots-clés :
Democracia Militante, Dilema Democrático , Direitos HumanosRésumé
Democracia é vista como sendo a melhor forma governo a ser adotada por um país e constitui condição sine qua non para que estes mesmos governos não sejam considerados párias internacionais. Desde a segurança institucional atribuída à democracia até o pleno usufruto de direitos pelos seus cidadãos, todos os elementos aparentam confluir para a premissa de que democracia deve ser efetivamente nutrida enquanto ideia e preservada quando efetivada. Todavia, sua preservação não dispõe de consenso no tocante as formas eleitas para tanto. Devem todos os cidadãos participarem ativamente da defesa democrática? É possível subtrair elementos inerentes à democracia, como por exemplo, direitos políticos, sob o argumento de que estes não estão sendo utilizados da forma “correta”? Estas perguntas não possuem respostas simples ou fixas. A premissa da qual se parte é que a democracia não é autossuficiente, portanto, requer uma proteção que leve em consideração a sua incapacidade de autopreservação. Se isto é verdade, é possível atuar neste meio político e jurídico que compõe a democracia sem incorrer em deslizes teóricos e pragmáticos? A pesquisa está separada em três momentos distintos. Primeiramente um referencial teórico a respeito de democracia será determinado. Segundamente, a teoria de democracia militante será apresentada com alguns dos argumentos que consistem nas principais preocupações para seus estudiosos. Por fim, será discutida a razão pela qual a sua aplicação desafia o modelo de democracia estabelecido na primeira parte e, consequentemente, os motivos pelos quais é possível identificar aspectos antidemocráticos na defesa da democracia.
Références
ABTS, K.; RUMMENS, S. Defending democracy: The concentric containment of political extremism. Political Studies, vol. 58, ed. 4, 2010, p. 649-664.
ACCETTI, Carlo Invernizzi; ZUCKERMAN, Ian. What’s Wrong with Militant Democracy? Political Studies Association, v. 65, 2017, p. 182-192.
CAPOCCIA, Giovanni. Militant democracy: The Institutional Bases of Democratic Self-Preservation. Annu. Rev. Law Soc. Sci., 2013, p. 207–226.
COLLIER, David; LEVITSKY, Steven. Democracy with Adjectives: Conceptual Innovation in Comparative Research. World Politics, vol. 49, n. 3, 1997, p. 430-451. DOI: 10.1353/wp.1997.0009.
COPPEDGE, Michael; GERRING, John. Conceptualizing and Measuring Democracy: A New Approach. Perspectives on Politics, vol. 9, n. 2, 2011, p. 247-267.
EATWELL, Roger. Populism and Fascism. In: Kaltwasser, C. R. et al. The Oxford Handbook of Populism. Oxford Handbooks online edition, 2017. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780198803560.001.0001.
FICHELSTEIN, Federico. From Fascism to Populism in History. Oakland, California: University of California Press. 2017.
FOX, G. H.; NOLTE, G. Intolerant Democracies. Harvard International Law, vol. 36, n. 1, 1995, p. 1-70.
GALLIE, Walter Bryce. Essentially Contested Concepts. In: Meeting of the Aristotelian Society, 1956, Bedford Square, London.
GIBOTTI, Enrico Lentini. Democracia: contestabilidade terminológica e o pressuposto liberal. Revista De Direitos Humanos E Desenvolvimento Social, vol. 4, 2023. https://doi.org/10.24220/2675-9160v4e2023a10620.
HAGOPIAN, Frances; MAINWARING, Scott P. The Third Wave of Democratization in Latin America: Advances and Setbacks. New York: Cambridge University Press. 2005.
ISSACHAROFF, Samuel. Fragile Democracies: Contested Power in the Era of Constitutional Courts. New York: Cambridge University Press. 2015.
KURKI, Milja. Democracy and Conceptual Contestability: Reconsidering Conceptions of Democracy in Democracy Promotion. International Studies Review, vol. 12, 2010, p. 362-386. DOI:10.1111/j.1468-2486.2010.00943.x.
LOEWENSTEIN, Karl. Militant Democracies and Fundamental Rights, I. The American Political Science Review, vol. 31, 1937.
MOUFFE, Chantal. On the Political. New York: Routledge. 2005.
POPPER, Karl. The Open Society and Its Enemies. United States & Canada: Princeton University Press. 2013.
STAHL, R. M.; POPP-MADSEN, B. A. Defending democracy: Militant and popular models of democratic self-defense. Constellations, vol. 29, 2022.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright ReDiS - Revista de Direito Socioambiental (UEG) 2024

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
L’auteur(s) accepte(nt) et déclare(nt) que :
- Il(s) a(ont) fourni des informations exactes et véridiques et n’a(ont) pas créé une fausse identité ni utilisé de subterfuges dans le but de tromper des personnes, des institutions ou d’obtenir des avantages de toute nature ;
- Il(s) est(sont) le(s) seul(s) responsable(s) de toute information fournie et est(sont) soumis aux implications administratives et légales découlant de déclarations inexactes ou fausses (Articles 298 et 299 du Code Pénal Brésilien) pouvant causer des préjudices à la Revue ou à des tiers ;
- Il(s) n’a(ont) pas utilisé la Revue à des fins illégales, illicites ou interdites, ni pour des actions violant la vie privée ou les droits de tiers, y compris les droits d’auteur ou de propriété intellectuelle.