DA COBRANÇA DA DÍVIDA ECOLÓGICA NO CONTEXTO DE CRISE
UMA ANÁLISE BRASILEIRA E PERIFÉRICA
DOI:
https://doi.org/10.31668/atatot.v4i1.13602Palavras-chave:
ecologia, dívida ecológica, epistemologia do Sul, crise ambientalResumo
A crise ambiental contemporânea demanda novas posturas sociais, dado que as projeções científicas do futuro se mostram extremamente pessimistas em um curto período. Desde 1972 encontros entre países são realizados, mas, de modo efetivo, nada foi feito até o momento. Nenhuma melhoria significativa foi vislumbrada. Neste sentido, este artigo tem como objetivo defender uma nova epistemologia aos países periféricos a partir da cobrança da dívida ecológica. O momento da crise sanitária pelo vírus altamente infeccioso, o Sars-CoV-2, mostra-se oportuno para a reivindicação dessa dívida, eis que se escancarou a potencialidade de um futuro pessimista. Por isso, a consciência de como os países periféricos já foram e continuam sendo explorados em atitudes de injustiça ambiental, legitima o ajuste ecológico entre os hemisférios. Defende-se a libertação financeira dos países periféricos, para que os mesmos possam estabelecer uma gestão ambiental de excelência dentro do seu território. Investimentos em educação, tecnologia e políticas sociais, também fazem parte dessa conjuntura. O poder de negociação dos países do Sul, deve ser desperto e utilizado no fortalecimento do Sul-Sul. A metodologia utilizada é a revisão de literatura em conjunto com a dialética. A importância do artigo se dá pela urgência em se adotar novas medidas e posturas políticas, servindo como reflexão para as ciências humanas, sociais, políticas e da Terra.
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