Sobre acumulação por espoliação e contradição da propriedade privada da terra:
a condição da resistência campesina frente à violência mediadora dos conflitos
DOI:
https://doi.org/10.31668/atatot.v2i3.12712Palavras-chave:
Acumulação por espoliação, Resistência, Questão agrária, Luta de ClassesResumo
Este artigo investiga horizontalmente os expoentes à margem da acumulação por espoliação, uma categoria construída a partir do materialismo histórico-geográfico, para analisar como a concentração de terras está diretamente relacionada às variadas formas de violência sofrida pelos sujeitos inseridos nesse contexto. Investiga a relação entre a terra privatizada pelos cercamentos avaliada na perspectiva das suas origens na acumulação originária, trazendo a variável terminológica como explicativo da violência marcadora dos conflitos no campo e das condições de enfrentamento, através de um olhar materialista histórico-dialético. Uma investigação comparativa entre propriedade material, política colonial, e luta de classes no campo. Para tal, parte da assimilação da propriedade privada da terra como um dos sustentáculos da violência no campo, tendo como origem o processo de colonização do território e se realiza analisando criticamente as formas de enfrentamento possíveis por meio de uma organização dentro e fora das estruturas institucionais; trata-se, desse modo, de pesquisa teórica, feita por meio, principalmente, de revisão bibliográfica e consulta documental, cujos resultados são objeto de análise qualitativa.