A VOZ MÉDIA E A VOZ REFLEXIVA: AFINIDADES E DIVERGÊNCIAS
Resumo
Neste artigo, propomos uma discussão acerca das configurações das vozes média e reflexiva, estabelecendo, na medida do possível, uma comparação sobre algumas características formais e semânticas delas na língua portuguesa em relação a outras línguas. Para isso, definimos alguns critérios considerando afinidades e divergências sobre a voz média em relação à passiva e à reflexiva, observando como esses critérios se confirmam ou se refutam nos dados analisados. As vozes média e reflexiva são motivo de várias divergências quanto às suas distinções e isso se deve, em parte, pela não disitinção entre os critérios semânticos e sintáticos em relação às classificações, bem como aos limites distintivos entre elas. Para nos posicionarmos diante disso, recorremos a Benveniste (2005), Camacho (2002, 2003), Kemmer (1993, 1994), Keenan e Dryer (2007) e Palmer (1994) para estabelecermos os critérios de distinção dos tipos de voz, sobretudo, os inerentes à marcação morfossintática e ao significado dessas vozes em relação à centralidade e ao afetamento do sujeito.
Palavras-chave: Voz média. Voz reflexiva. Afetameto do sujeito. Marca morfossintática.