O BENZEDOR DE ESPINGARDA
UM OLHAR SOBRE A CULTURA AMAZÔNICA
Resumo
Este artigo se dedica à análise do conto de Paulo Tarso Barros “O Benzedor de Espingarda”, a fim de compreender como sinais religiosos, culturais, de tradição e de memória forem empregados à tecitura de uma identidade narrativa que cristaliza a mentalidade do homem amazônico. Para tanto, municiamo-nos dos escritos de Clifford Geertz (1997; 2008), Stuart Hall (1997; 2000), Homi K. Bhabha (2013) e Paul Ricoeur (1997; 2006; 2014), entre outros, seguindo o fio de que o fato narrado pelo autor, capturado pela efabulação, fora ressignificado em imaginário e em intriga narrativa, numa enunciação responsável por tornar a prática de benzedura numa releitura do que há de humano nessa tradição, constituindo relações e significados do sujeito em contextos religiosos e culturais que legitimam e difundem não somente a prática, mas todo o campo simbólico que esta coaduna.
