A MULHER INDÍGENA NO CONTO “ONTEM, COMO HOJE, COMO AMANHÃ, COMO DEPOIS” DE BERNARDO ÉLIS

Autores

  • Márcia Maria de Melo Araújo Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina
  • Lorranne Gomes da Silva Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina
  • Brasineide C. Ferreira Pimenta Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina

Palavras-chave:

Bernardo Élis. Mulher Indígena. Conto.

Resumo

O que mais impressiona na obra de Bernardo Élis é o mistério de retratar a linguagem rural, antiga e familiar do sertão de Goiás, e ainda sua preferência pelos desfechos trágicos em conexão com a ironia, que lhe dá uma característica própria à escrita. Assim, considerando suas narrativas de protesto, ao apresentar tramas, em que há quadros de miséria e de conformismo próprios do sertanejo goiano, não muito diferente dos nossos dias, a obra de Bernardo Élis mostra o sertanejo local como ser esquecido e sem condições dignas de vida, animalizado e coisificado, um dos motivos que garantiu ao escritor elogios e sucesso na literatura nacional. No presente capítulo, apresenta-se um estudo sobre a personagem Put-Kôe, do conto: “Ontem, como hoje, como amanhã, como depois”, do livro Caminhos e descaminhos, lançado em 1965. O objetivo é analisar a personagem feminina que vive uma situação desumana, sob um regime de subvivência e opressão que desfigura o ser.

Biografia do Autor

  • Márcia Maria de Melo Araújo, Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina
    Pós-doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás. Docente do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual de Goiás. Desenvolve pesquisas nas áreas de Estudos Literários e da Educação, com publicações e projetos de pesquisa sobre a mulher, estudos de gênero, ensino de literatura e formação do leitor literário. É líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Literaturas de Língua Portuguesa (GEPELLP), vinculado ao CNPq. Membro da Associação Brasileira de Estudos Medievais e do GT de Estudos Medievais da Associação Nacional de Pós-graduação em Letras e Linguística (ANPOLL).
  • Lorranne Gomes da Silva, Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina
    Pós-doutoranda pela Universidade Federal de Goiás, Faculdade de História (2018-2019). Doutora em Geografia pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Socioambientais/IESA da Universidade Federal de Goiás (2016). Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade e do curso de Tecnologia e Gestão em Turismo da Universidade Estadual de Goiás, câmpus Cora Coralina, onde atua, principalmente, nos seguintes temas: Tópicos Culturais; Narrativas e Literatura Indígena; Geografia e Literatura; Geografia Cultural; Teoria do Conhecimento Geográfico; Geografia de Goiás; Educação Indígena; Diversidade, cultura e meio ambiente; Povos Indígenas de Goiás (Tapuia, Karajá e Avá-Canoeiro); Comunidades Tradicionais; Turismo em Terras Indígenas. Participa do grupo de pesquisa vinculado ao CNPQ: História indígena e História ambiental: interculturalidade crítica e decolonialidade, da Universidade Federal de Goiás.
  • Brasineide C. Ferreira Pimenta, Universidade Estadual de Goiás - Cora Coralina
    Mestranda em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual de Goiás (POSLLI). Licenciada em Letras Português/Inglês pela Faculdade de Filosofia Cora Coralina. Especialista em Língua Portuguesa pelas Faculdades Integradas de São Gonçalo-RJ. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás, inscrita na OAB n. 48521-GO. Tem experiência na área de Letras com ênfase em Língua Portuguesa. Atualmente desenvolve pesquisa sobre Mulher, Literatura Oral, Lenda da Carioca.

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Publicado

2018-09-11

Edição

Seção

Dossiê Estudos de Linguagem e Interculturalidade