EXISTE ALGUMA INFLUÊNCIA ENTRE DEFORMIDADES DE MEMBROS INFERIORES, ORTOSTATISMO E MARCHA EM SUJEITOS COM SEQUELA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO?
Palavras-chave:
acidente vascular encefálico; pé equino; articulação do joelho; contratura de quadril; ortostatismoResumo
Objetivo: Objetivou-se avaliar a influência de deformidades articulares e do encurtamento muscular de MMII no ortostatismo e na marcha em pessoas com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE). Métodos: Estudo transversal, observacional e quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa onde participaram pessoas com sequela de AVE, ambos os sexos, foram triados no Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Realizou-se a avaliação dos graus de movimento articular do quadril, joelho e tornozelo utilizando o goniômetro e, da flexibilidade, pelos testes de Thomas e ângulo poplíteo. As escalas de Classificação Funcional da Marcha Modificada e o Índice de Barthel verificaram a independência para a realização das atividades de vida diária (AVD). A espasticidade foi classificada de acordo com a escala Ashworth modificada Resultados: 93 sujeitos com média de idade de 64,7±11,9 anos, com histórico de pelo menos um episódio de AVE compuseram a amostra. Todos dependentes para a realização das AVD, espasticidade leve e marcha comunitária. Identificou-se associação entre o ângulo poplíteo e a marcha funcional (p=0,03*; r= -0,45) demonstrando que a perda da extensão do joelho interfere diretamente para a aquisição do ortostatismo e logo a marcha. Conclusão: Existe relação prejudicial entre a deformidade de flexão de joelho, mensurada pelo ângulo poplíteo, ortostatismo e marcha em sujeitos com sequela de acidente vascular encefálico.