Quando o príncipe se torna um sapo? Reações de sociológos em artigos ao veto da obrigatoriedade do ensino de sociologia no governo Fernando Henrique Cardoso( 1995-2001) e o direito à educação
DOI:
https://doi.org/10.31668/atatot.v3i2.12863Palavras-chave:
Fernando Henrique Cardoso, veto à sociologia no Ensino MédioResumo
este artigo analisa as “análises” de cientistas sobre o veto presidencial de Fernando Henrique Cardoso (FHC) à obrigatoriedade da sociologia no ensino médio no começo dos anos 2000, cuja apreciação preliminar demonstrou grande grau de indignação, o que evidencia expectativas sociais. A partir de uma revisão bibliográfica, analisamos a trajetória de FHC para determinar que aspectos de sua trajetória poderiam ensejar parâmetros da crítica. Os dados demonstraram que FHC foi considerado como um “traidor” na medida em que se constrói semelhanças com os críticos (como na formação acadêmica), uma associação imediata entre pesquisa e educação - dada a alcunha de “príncipe da sociologia”, um enfoque da teoria do autor na institucionalidade da política e uma intermitência do ensino de sociologia no ensino básico (e que criou uma tradição de ativismo).
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