ÉTICA NO CONVÍVIO SOCIAL: PROBLEMAS E DILEMAS MORAIS
Palavras-chave:
convívio, dilema, problemaResumo
Para alguns, a ética existe para limitar as escolhas do indivíduo no mundo e para impor um modo de conduta como se ela fosse um conjunto de regras universais deduzidas do céu. Nossa perspectiva é em contraposição a essa. Em primeiro lugar, a ética não oprime, mas a ética liberta. Em segundo lugar, ela não é imposta, mas pode ser escolhida. Em terceiro lugar, a ética é um projeto inventado e não deduzido. Para o terceiro ponto, podemos nos fundamentar na fenomenologia e no existencialismo, especialmente em Sartre, que defende que a existência precede a essência. Isso significa que os valores não estão para serem descobertos pela razão, através da reminiscência, mas que eles são meras finalidades inventadas e escolhidas, atestadas pelas vivências. E então entramos no segundo ponto. Outro aspecto é que a ética é um projeto diferente dos outros projetos, pois não é um projeto que afeta somente aquele que o escolheu, como é o caso do projeto da longevidade ou do halterofilismo, mas é um projeto que afeta diretamente o outro. Assim, na contemporaneidade, a ética está sendo pensada com o intuito de resolver conflitos de interesses no convívio social, de tal modo a trazer menos danos e interferir minimamente na individualidade de cada um. E então entramos no primeiro ponto. É justamente por isso que a ética liberta. Em uma sociedade em que está presente enquanto expressão dos conflitos: a violência, a exploração e os abusos; a vivência da ética liberta contra o preconceito, a intolerância e a injustiça. Além disso, a ética não está dada e nem sempre é simples deduzir os juízos de seu objetivo. Por isso faz-se necessário investigar problemas e dilemas morais.