QUADRINHOS VISIONÁRIOS
Palavras-chave:
processo criativo, arte visionária, estado não ordinário de consciência, quadrinhosResumo
O trabalho aqui exposto é um trecho da tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual na UFG, sobre processos criativos em quadrinhos visionários. Nele verso a respeito da interseção entre o conceito de Arte Visionária, desenvolvido por Laurence Caruana, no Primeiro Manifesto da Arte Visionária (2001), com o de histórias em quadrinhos. Para tanto, são feitas aproximações e distanciamentos entre autores de HQs como Alan Moore, Grant Morrison, Rick Veitch, Robert Crumb, dentre outros, com os paramentos propostos pelo artista, dividindo-os em três categorias: visionários verdadeiros; quase visionários; e falsos visionários. O intuito foi determinar quais autores de quadrinhos podem ou não ser tidos como pertencentes ao movimento. Apesar de usar critérios estanques nas definições de Caruana, a tabela criada não é determinante, sendo passível de ajustes baseados em novas informações a respeito dos processos criativos dos autores selecionados. No artigo a pergunta básica foi: quais obras de quadrinhos (e seus autores) podem ser tidas como visionárias (dentro do crivo de Caruana)? Para responder a esta pergunta, foi necessário seguir a estrutura de análise apresentada por Caruana e submeter obras e artistas ao mesmos padrões de análises, dividindo-os nas três categorias citadas. Como resultado cheguei a uma lista preliminar com 21 artistas visionários, 15 quase visionários e 19 falsos visionários – na maioria estrangeiros, mas com significativa participação de autores brasileiros. O estrato deanálise, inicialmente foi determinado dentre 1970 e 2015, uma vez que não existem muitos autores de quadrinhos visionários. Porém, um criador fugiu a regra, Winsor McCay (1871-1934), com o trabalho Little Nemo, publicado entre 1905 e 1913, nos EUA. Nas considerações saliento o quão importante é aglutinar os autores de histórias em quadrinhos que utilizam de estados não ordinários de consciência (ENOC) para criarem. Sendo esta mais uma possibilidade aberta de interpretação sobre as obras e processos dos próprios artistas destacados e de outros por vir.
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Publicado
2016-10-11
Edição
Seção
DOSSIÊ HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Como Citar
QUADRINHOS VISIONÁRIOS. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 16, n. 2, p. 61–81, 2016. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/4702.. Acesso em: 14 ago. 2025.