DISCURSO E META-DISCURSOS SOBRE A TEORIA EVOLUTIVA: A LEITURA DA NÍQUEL NÁUSEA EM UM CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Autores

  • Edson Pereira Silva Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense
  • Alan Bonner da Silva Costa Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense
  • Felipe Barta Rodrigues Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Cultura de massas, metalinguagem, teoria sintética da evolução, ensino de biologia.

Resumo

Níquel Náusea é uma revista em quadrinhos brasileira da vertente underground de autoria (texto e desenhos) de Fernando Gonsales. Nas suas páginas, a revista traz diálogos e situações entre diferentes grupos de seres vivos. Desta forma, sua temática envolve muitos temas relacionados às ciências naturais, entre eles a teoria da evolução biológica. Neste trabalho, algumas das tiras da revista foram analisadas quanto ao tratamento dado por elas a teoria evolutiva e lidas em sala de aula por alunos de um curso de ciências biológicas cursando a disciplina de “Evolução”. A leitura dos alunos também foi analisada. O objetivo foi discutir as relações entre o discurso da teoria evolutiva, o meta-discurso produzido pela revista a respeito da teoria e a leitura feita pelos alunos do meta-discurso da revista (o meta-discurso do meta-discurso). A análise indicou uma adesão das tiras ao discurso da teoria evolutiva, contudo, acrescentando elementos críticos, filosóficos, políticos e metalinguisticos ao seu meta-discurso. Por outro lado, o meta-discurso dos alunos revelou uma leitura restrita aos elementos ilustrativos das tiras não atingindo as outras camadas de sentido produzidas pelas tiras. Isto se deveu, provavelmente, a situação de enunciação, ou seja, a leitura dos alunos se deu no contexto de uma atividade desenvolvida em sala de aula.

Biografia do Autor

  • Edson Pereira Silva, Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense
    Possui bacharelado em Biologia Marinha pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), doutorado em Genética pela University of Wales-Swansea (1998) e pós-doutorado em Genética Molecular pela University of Swansea. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética de Populacões de Organismos Marinhos, atuando principalmente nos seguintes temas: genética molecular, conservação, bioinvasão, teoria evolutiva, epistemologia e ensino.
  • Alan Bonner da Silva Costa, Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense
    Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros da mesma universidade e integrante do Laboratório de Genética Marinha e Evolução-UFF, onde desenvolve pesquisas em Genética Marinha e Ensino de Biologia. É monitor da sessão itinerante do Museu da Vida (Ciência Móvel-FIOCRUZ) e tutor da disciplina Evolução do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFF.
  • Felipe Barta Rodrigues, Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense
    Graduando em Ciências Biológicas/Bacharelado pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), com ênfase em Meio Ambiente. Integrante do Laboratório de Genética Marinha e Evolução da Universidade Federal Fluminense (LGME-UFF), onde desenvolve pesquisas em Arqueozoologia, realizando trabalhos sobre padrões de biodiversidade de crustáceos marinhos de sambaquis. Atua como monitor da disciplina Evolução, do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFF.

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Publicado

2016-10-11

Edição

Seção

DOSSIÊ HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Como Citar

DISCURSO E META-DISCURSOS SOBRE A TEORIA EVOLUTIVA: A LEITURA DA NÍQUEL NÁUSEA EM UM CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 16, n. 2, p. 223–241, 2016. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/4641.. Acesso em: 2 maio. 2025.