AS AULAS DE MATEMÁTICA PODEM FOMENTAR O RECONHECIMENTO DE ALUNES LGBTI+?

Autores

Palavras-chave:

Reconhecimento, Diversidade sexual, Diversidade de gênero, Educação Matemática, Justiça social

Resumo

Este trabalho se dedica em, a partir da perspectiva de Axel Honneth, refletir sobre as ideias de inclusão e respeito a pessoas LGBTI+ em aulas de matemática, e em como a educação matemática pode ter seu papel na luta pelo reconhecimento desse grupo. Também são consideradas outras discussões que fortalecem a agenda aqui em pauta, como a discussão sobre currículo e diversidade, além das ideias de leitura e escrita do mundo com matemática. Com isso, espera-se fomentar a discussão sobre a diversidade sexual e de gênero no campo da educação matemática, destacando que as aulas de matemática podem ser importantes também como motor para combater injustiças sociais.

Biografia do Autor

  • Tadeu Silveira WAISE, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Licenciado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-2020). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática (Pemat - UFRJ), em que pesquisou sobre cenários de reconhecimento de indivíduos LGBTQIA+ na sala de aula de Matemática e nos cursos de licenciatura de Matemática. Membro do grupo de pesquisa Matematiqueer. Seu interesse de pesquisa está na área de diversidade, em especial nas questões que tangem gêneros e sexualidades, associadas à educação matemática.

  • Agnaldo da Conceição ESQUINCALHA, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Professor no Instituto de Matemática e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática (PEMAT) da UFRJ. Bolsista FAPERJ como Jovem Cientista do Nosso Estado e Bolsista de Produtividade Acadêmica pela Fundação CECIERJ. Fez Estágio Pós-Doutoral no Programa de Pós-Graduação em Educação e Ciências e Matemática na UFRuralRJ, onde também se licenciou em Matemática. É Doutor em Educação Matemática pela PUC-SP e Mestre em Modelagem Computacional pela UERJ. É Coordenador do PEMAT/UFRJ e Membro da Diretoria Nacional Executiva da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, da qual foi Diretor Regional no Rio de Janeiro (2016-2021). É Coordenador de Matemática no Programa Residência Pedagógica da UFRJ. É líder do Grupo de Pesquisa "MatematiQueer: Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática", cadastrados no CNPq. Foi coordenador do Subprojeto de Matemática no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID-UFRJ, 2018-2020), Professor do Departamento de Matemática da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, onde atuou como Coordenador da Licenciatura em Matemática e Professor do Programa de Pós-Graduação em Matemática (PROFMAT/UERJ). Antes disso, foi Professor do Departamento de Matemática da PUC-Rio, Coordenador de Matemática nas Diretorias de Extensão e de Mídias Digitais da Fundação CECIERJ, Professor Pesquisador do Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino da UFF, Coordenador de Tutoria do Programa de Formação de Professores de Matemática do Estado de São Paulo e Coordenador Geral de Matemática dos Programas de Formação Continuada da SEEDUC-RJ/CECIERJ (2010-2015). Além disso, foi Professor Substituto nas áreas de Matemática e Educação Matemática na UFRJ, na UERJ e na UFRRJ, além ter sido bolsista de desenvolvimento de projetos em Educação a Distância na UNIRIO, e professor na Rede Pública Estadual do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas de Educação Matemática Inclusiva e Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

2024-04-17

Edição

Seção

ARTIGO ACADÊMICO

Como Citar

AS AULAS DE MATEMÁTICA PODEM FOMENTAR O RECONHECIMENTO DE ALUNES LGBTI+?. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 24, n. 01, p. 22, 2024. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/12447.. Acesso em: 2 maio. 2025.