CADA CARTAZ RIDÍCULO. QUEIMA TUDO ISSO URGENTE

Fontes visuais, resistências e o debate de gênero e sexualidade no Ensino de História

Autores

Palavras-chave:

Ensino de História, fontes visuais, Gênero e Sexualidade, Resistências democráticas, discurso da “ideologia de gênero”

Resumo

Este artigo reflete para a Educação e o Ensino de História a importância de trabalhar com fontes visuais as temáticas de gênero, sexualidade, diversidade, preconceitos, violências e democracia. O objetivo deste artigo é compreender as resistências escolares e ofensivas conservadoras a partir de projeto desenvolvidos numa escola pública, que tinham como resultado a elaboração de cartazes de cunho artístico e reflexivo acerca das violências de gênero, sexualidade e diversidade, bem como proposições para tornar o ambiente escolar mais humano e respeitoso. Esses trabalhos realizados passaram por contestações de pais, assegurados pela pauta discursiva da “ideologia de gênero”, pauta do movimento Escola sem Partido. Entre 2015 e 2016, ofensivas como a perseguição docente, a censura aos temas de gênero e sexualidade e a ameaça à escola pública, laica e cidadã, pertenceram como combustíveis do pânico moral social. Resistências foram criadas diante do cenário conservador e devastador às políticas educacionais e que a partir dos documentos legais da educação no Brasil, permitem com que professores e professoras abordem esses temas com os/as discentes na sala de aula.

Biografia do Autor

  • Robson Ferreira FERNANDES, Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED/SC), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

    Doutorando em História (Bolsista UNIEDU), área de concentração História do Tempo Presente, na Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC. Mestre em Ensino de História, UFSC, 2021. Especialista em Fundamentos e Organização Curricular, UNISUL, 2020. Especialista em Gestão Pública, FMP, 2016. Graduado em História (Licenciatura) pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci, UNIASSELVI, 2015. Pesquisador do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), 2020 até hoje. Pesquisador no Laboratório de Ensino de História, PPGH, FAED/UDESC, 2021 até hoje. Prêmio Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal Brasileiro, 2015. Educador destaque na Promoção da Igualdade de Gênero, Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. Prêmio Nacional do Museu do Holocausto de Curitiba, 2019. Moção de Parabenização, Câmara de Vereadores de Palhoça, 2019. Menção Honrosa na 5 edição do Prêmio Territórios, Instituto Tomie Ohtake, 2021. Vencedor do Edital Igualdade de Gênero na Educação Básica, na modalidade da EJA - Ação Educativa, 2022. E, professor da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina.

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Publicado

2024-02-28

Edição

Seção

ARTIGO ACADÊMICO

Como Citar

CADA CARTAZ RIDÍCULO. QUEIMA TUDO ISSO URGENTE: Fontes visuais, resistências e o debate de gênero e sexualidade no Ensino de História. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 23, n. 02, p. 29, 2024. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/12252.. Acesso em: 2 maio. 2025.