PANORAMA DAS PESQUISAS RELACIONADAS À INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM GOIÁS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31668/rta.v22i01.11787

Palavras-chave:

Levantamento bibliográfico, educação matemática, inclusão, deficiência

Resumo

Este artigo representa um panorama das pesquisas acadêmicas realizadas nas instituições de ensino superior do estado de Goiás no âmbito da educação matemática inclusiva. Os dados apresentados são resultados de um levantamento bibliográfico de teses e dissertações publicadas no período de 2010 a 2019, as quais abordam a relação entre educação matemática e inclusão, considerando os diferentes tipos de deficiências, tais como, altas habilidades, deficiência auditiva, visual e intelectual ou mental. O levantamento foi realizado no catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior -CAPES (BRASIL, 1987-), e no portal da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - BDTD (BRASIL, 2002-), fazendo uso dos descritores "educação matemática", "inclusão" e "deficiência”, selecionando apenas as publicações de Goiás, um total de cinco instituições. A partir dos dados obtidos foi realizada uma análise visando verificar quais são as pesquisas e do que elas tratam, considerando os diferentes tipos de deficiência. Além disso, o artigo traz uma abordagem sobre o campo profissional e científico da Educação Matemática. O referencial teórico adotado é constituído por autores que evidenciam a importância do levantamento bibliográfico e as concepções sobre educação matemática inclusiva, tais como, Lüdke e André (1986), Fiorentini e Lorenzato (2009), D’Ambrósio (1996), Orrú (2017) e Civardi e Santos (2018). Assim foi possível traçar um panorama da produção acadêmica relacionada a essa temática, identificando as deficiências mais abordadas nas pesquisas e ao mesmo tempo a carência de pesquisas desse segmento no estado de Goiás. Sendo encontrada apenas 11 teses e dissertações, número que destoam da necessidade representada no último censo demográfico (IBGE, 2010), o qual registra que em Goiás 23% da população declararam possuir algum tipo de deficiência.

Biografia do Autor

  • Elisabeth Cristina de FARIA, Sra, Universidade Federal de Goiás

    Possui graduação em Licenciatura em Matemática, mestrado em Educação Brasileira pela Universidade Federal de Goiás e doutorado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora Adjunta do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Goiás, atua na área da Educação Matemática e seus interesses em pesquisa estão na formação de professores, tecnologias e tecnologias assistivas na educação, inovação na prática docente e educação a distância.

  • Fabiana Fernandes HARAMI, PPGEEB/UFG

    Possui graduação em Processamento de Dados (Uni-Anhanguera - 2000) e Licenciatura em Pedagogia (ISSED - 2019) com especializações em Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (FUBRA - 2001), Educação Profissional (SENAC - 2012) e Educação a Distância (SENAC - 2013). Mestra em Ensino na Educação Básica (PPGEEB - CEPAE/UFG - 2021) Instrutora de informática - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - GO. Com experiência na metodologia de ensino por competências na área de Ciência da Computação, com ênfase em redes de computadores, sistemas operacionais e aplicativos. Professora em cursos técnicos SENAC e SEDUC (Mediotec). Além de experiência em Educação a Distância, como tutora e coordenadora de tutoria (SENAC e IFG).

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Publicado

2022-06-10

Edição

Seção

ARTIGO ACADÊMICO

Como Citar

PANORAMA DAS PESQUISAS RELACIONADAS À INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM GOIÁS. Revista Temporis[ação] (ISSN 2317-5516), [S. l.], v. 22, n. 01, p. 24, 2022. DOI: 10.31668/rta.v22i01.11787. Disponível em: //www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/11787.. Acesso em: 19 maio. 2024.