BREVE REFLEXÃO ACERCA DA HISTORIOGRAFIA DO PERÍODO DITATORIAL BRASILEIRO (1964 – 1985)
DOI:
https://doi.org/10.31668/rta.v22i01.11386Palavras-chave:
Ditadura militar, teoria, historiografia, Revisão bibliográfica, Revisão historiográficaResumo
O presente artigo pretende ser concebido como um breve ensaio de caráter predominantemente teórico. Através de análise bibliográfica, procura refletir sobre a transição da tradição de longa duração para o curto prazo nas operações historiográficas e seus desdobramentos para as pesquisas acerca das experiências multifacetadas da ditadura militar brasileira (1964-1985). Para isso, é estabelecido um exercício de aproximação teórico com as considerações de Armitage e Guldi (2018), Fico (2004, 2017) dentre outros autores. A partir destas leituras, podemos compreender a influência dessa transição nos modos pelos quais a “nova geração” de historiadores da ditadura conduzem seus trabalhos. Não obstante, recorre-se a conclusões parciais de investigação empírica para pensar a questão. Destarte, trata-se de uma reflexão sobre as recentes perspectivas da “história da história” da ditadura, com referência aos pressupostos teóricos e metodológicos da “nova história”.
Referências
ARMITAGE, David; GULDI, Jo. Manifesto pela história. Tradução de Florenzano, Modesto. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
FICO, Carlos. Ditadura militar brasileira: aproximações teóricas e historiográficas. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 05‐74, jan. /abr. 2017.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 24, n. 47, p. 29-60, 2004.
GATTINARA, Enrico Castelli. A multiplicidade temporal: um problema no qual a ciência, história e filosofia se encontram. In: SALOMON, Marlon (org.). Heterocronias: estudo sobre a multiplicidade dos tempos históricos. Goiânia: Edição Ricochete, 2018.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiência do tempo. 1. ed.; 4. Reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2021.
MOREIRA, Gleidson de Oliveira. A cidade pela fotografia. Goiânia: Kelps, 2006.
OLIVEIRA, Daniel Lucas de Jesus. O silenciamento de elementos do passado na estrutura da consciência histórica - o caso da Vila 31 de Março em Inhumas-GO e seus eventos “ritualísticos”. 2018. 107 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018.
RANCIÈRE, Jacques. Políticas da escrita. Tradução de Raquel Ramalhete, Laís Eleonora Vilanova, Lígia Vassalo e Eloisa Araújo Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2017.
