AÇÕES EDUCATIVAS PARA O PATRIMÔNIO NO ÂMBITO DO IPHAN
POR UMA CONCEPÇÃO DE PROJETOS EM REDES LOCAIS
Resumo
Trago, no presente artigo, uma reflexão acerca da capacidade de enlace social que oferecem os projetos de ações educativas para o patrimônio (ou educação patrimonial). Tem como recorte as Casas do Patrimônio Iphan, considerando que esses espaços devem ir além da função de escritório técnico, quando, em sua maioria, atuam em demandas de fiscalização e conservação de bens patrimoniais materiais tombados, provocando mais conflitos que diálogo e participação social, na preservação do patrimônio cultural. O trabalho apresenta uma aliança entre os conceitos de Educação Patrimonial, Redes de Patrimônio e Metodologia de Projetos, unindo-se à contação de histórias como possibilidade efetiva de preservação e difusão das referências culturais, das memórias e das identidades da comunidade. Para tanto, firma a necessidade de se estruturar ações educativas para o patrimônio cultural que se estabeleçam sobre uma rede local de parcerias, em projetos de ação e gestão compartilhadas com o poder público local e a comunidade, de forma permanente, primando pela ampliação da capacidade prática de execução real da Política Nacional de Educação Patrimonial. Por fim, demonstra, com o projeto Quintal do Patrimônio, como redes de patrimônio e contações de histórias podem ser efetivas enquanto instrumento de difusão e salvaguarda do patrimônio cultural, a partir do que a comunidade sente e vivencia como tal.