POLÍTICA DE AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA:

CONTROLE, VIGILÂNCIA E PUNIÇÃO À LUZ DE MICHEL FOUCAULT

Resumo

Este artigo analisa a política de avaliação em larga escala da educação brasileira tendo como referencial teórico os estudos foucaultianos, a partir da noção de disciplina, de governamentalidade e do neoliberalismo.  Apresenta a influência das agências internacionais como o Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura na formulação e implementação das políticas educacionais e, consequentemente, mediante a imposição das métricas de desempenho tanto para os sistemas de avaliação da educação básica quanto para educação superior. Traz, de uma forma breve, aspectos sócio-históricos acerca das políticas de avaliação dos sistemas educacionais implementadas a partir de 1990. Dialoga com os mecanismos de controle, de vigilância e de punição impostos pelo neoliberalismo na educação. Conclui-se, por fim, que se trata de um governo de condutas que visam à proposição de perspectivas que trazem implicações para a educação, porquanto esta passa a ter como objetivo principal a formação do homem para o mercado com base na lógica dos processos avaliativos