ATELIÊ DE FILOSOFIA E ARTES NA ESCOLA PÚBLICA:
rotas de fuga e resistência
Resumo
Este artigo apresenta práticas de uma pesquisa em educação desenvolvida entre julho e dezembro de 2019 que se moveu no sentido de pensar a docência em Filosofia nos anos finais do Ensino Fundamental (EF) em uma escola pública do município de Lauro de Freitas, Bahia. A justificativa toma por referência a necessidade de propor rotas de fuga e resistência para a crise na educação pública no atual cenário de implantação da BNCC que trouxe para o currículo do EF da rede de ensino de Lauro de Freitas riscos, entre eles o de desregulamentação da disciplina e, por conseguinte, da docência em Filosofia, tanto no concerne a oferta, quanto na possibilidade de esta ver-se submetida ao conteúdo de ensino religioso. A pesquisa tem natureza aplicada, abordagem qualitativa e por procedimento adotou-se a criação de um Ateliê de Filosofia e Artes na escola. Participaram da experiência 37 estudantes dos anos finais do EF, com idade entre 11 e 16 anos, por livre adesão e mediante inscrição online em um formulário alojado no Google Drive. A criação do ateliê seguiu o conceito de experiência proposto por Larrosa (2018) e funcionou como plataforma de experiências diversas daquelas vividas na rotina escolar afirmando o valor da Filosofia na educação básica para a produção de sentidos renovados para a educação escolar.