Geografia e comunicação: o Hip Hop como ferramenta de contra-ordem das forças verticais da cidade

Geography and communication: Hip Hop as a tool for counter-order against the vertical forces of the city

Autores

Palavras-chave:

cidade, território periférico , comunicação popular, Hip Hop

Resumo

O presente trabalho se apoia na Geografia Cultural para apresentar o Hip Hop como uma ferramenta de comunicação das forças horizontais da cidade. Sendo a cidade, para Milton Santos, um grande sistema com diversidade socioespacial, nela encontram-se tendências verticalizantes regidas pelos poderes do capital, ao mesmo tempo em que abrangem as forças oriundas do local, das horizontalidades que não incorporam, de seu todo, tais tendências. Para tanto, apoia-se no levantamento bibliográfico e na análise crítica para apresentar o Hip Hop como uma prática sociocultural que contribui para a compreensão dos territórios periféricos e suas identidades, além de apresentar temas passíveis de desvelarem a dinâmica social da cidade em suas verticalidades e horizontalidades.

Geography and communication: Hip Hop as a tool for counter-order against the vertical forces of the city

Abstract: This work relies on Cultural Geography to present Hip Hop as a communication tool for the horizontal forces of the city. According to Milton Santos, the city is a vast system with socio-spatial diversity, where verticalizing trends governed by the powers of capital exist alongside local forces, or horizontalities, that do not fully incorporate these trends. To this end, it draws on bibliographic research and critical analysis to present Hip Hop as a sociocultural practice that contributes to understanding peripheral territories and their identities, as well as to highlight themes that reveal the social dynamics of the city in both its vertical and horizontal aspects.

Keywords: City; peripheral territory; popular communication; Hip Hop.

Geografía y comunicación: el Hip Hop como herramienta de contraorden de las fuerzas verticales de la ciudad

Resumén: El presente trabajo se apoya en la Geografía Cultural para presentar el Hip Hop como herramienta de comunicación de las fuerzas horizontales de la ciudad. Siendo la ciudad, para Milton Santos, un gran sistema con diversidad socioespacial, en ella se encuentran tendencias verticalizantes regidas por los poderes del capital, al mismo tiempo que abarcan las fuerzas provenientes del local, de las horizontalidades que no incorporan, en su totalidad, tales tendencias. Para ello, se apoya en el levantamiento bibliográfico y en el análisis crítico para presentar el Hip Hop como una práctica sociocultural que contribuye a la comprensión de los territorios periféricos y sus identidades, además de presentar temas susceptibles de desvelar la dinámica social de la ciudad en sus verticalidades y horizontalidades.

Palabras-clave: Ciudad; territorio periférico; comunicación popular; Hip Hop.

 

Biografia do Autor

  • Thífani Postali, Universidade Federal de São Carlos

    Professora titular no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFSCar. Líder do grupo de pesquisas em Comunicação Urbana e Práticas Decoloniais (CNPq-Uniso) e membro da Rede de Estudos e Pesquisa em Folkcomunicação (Folkcom).

Referências

Autor. Título. Ano

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro: Pólen,2019.

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural. Pólen, 2019.

ALVES, Rossi. Rio de Rimas. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2013.

BARBOSA, Jorge Luiz. A favela na cena da cultura urbana do Rio de Janeiro. Espaço e Cultura, n.36, p. 217–234, 2014. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/espacoecultura/article/view/18935. Acesso em: 06 ago. 2024.

BERTH, Joice. Se a cidade fosse nossa: racismos, falocentrismos e opressões nas cidades. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2023.

D’ANDREA, Tiarajú Pablo. Contribuições para a definição dos conceitos periferia e sujeitas e sujeitos periféricos. Novos estudos, v. 39, n. 01, 19-36, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/nec/a/whJqBpqmD6Zx6BY54mMjqXQ/?format=pdf. Acesso em: 06 ago. 2024.

HAMBURGER, Esther. Violência e pobreza no cinema brasileiro recente: Reflexões sobre a idéia de espetáculo. Novos Estudos, n. 78, p. 113-128, jul. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/nec/a/kFBPHXfFqKwbXmk9Nfwndwx/abstract/?lang=pt. Acesso em: 06 ago. 2024.

HERSCHMANN, Micael. O funk e o hip-hop invadem a cena. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000.

https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2014.18935

KILOMBA, Grada. Memórias de Plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LIMA, Eveling Cauani Morais de.; SILVA, Thiago Carneiro da.; NEPOMOCENO, Virna Carneiro da Silva. A hipersexualização de corpos negros: o conto “Afrodisíaco”, de Cristiane Sobral e a imagem publicitária da “Devassa”. Revista do Coletivo Seconba, v. 5, n. 1, p.19-32, 2021. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/seconba/article/view/10704. Aceso em: 06 ago. 2024.

MACHADO, Lucas; GONÇALVES, Andressa; LAGE, Renata. Estudo revela que 0,38% dos postos de trabalho no país são ocupados por pessoas trans. G1. 15/05/2024. Disponível em: https://g1.globo.com/globonews/jornal-das-dez/noticia/2024/05/15/estudo-revela-que-038percent-dos-postos-de-trabalho-no-pais-sao-ocupados-por-pessoas-trans.ghtml. Acesso em 06 ago. 2024

MAGNANI, José Guilherme Cantor. São Paulo: de perto (e de dentro) é outra cidade. Ponto Urbe, n. 18, 1-16, 2016. Disponível em: https://journals.openedition.org/pontourbe/3116?lang=es. Acesso em: 06 ago. 2024.

MOREIRA, Ana Ester Maria Melo; TEIXEIRA, Carmen Fontes. Evangélicos, ‘agenda neoconservadora’ e política de saúde das mulheres: uma revisão narrativa (2016-2021).

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... o que é mesmo documentário? São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2013.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017.

SANTOS, Milton. A Natureza do espaço: tecnica e tempo, razão e emoção. São Paulo, Edusp, 2023.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro, Record, 2009.

Saúde em Debate, v. 48, n. 141, 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/KnkX9Z7N6yRJyQq9SC6jdpj/. Acesso em: 06 ago. 2024.

UNIVERSAL ZULU NATION. Afrika Bambaataa Press. 2004. Disponível em: https://www.zulunation.com/afrika-bambaataa/. Acesso em: 06 ago. 2024.

Downloads

Publicado

2024-11-12

Edição

Seção

Dossiê temático – Geografia e comunicação

Como Citar

Geografia e comunicação: o Hip Hop como ferramenta de contra-ordem das forças verticais da cidade: Geography and communication: Hip Hop as a tool for counter-order against the vertical forces of the city. (2024). Élisée - Revista De Geografia Da UEG, 13(01), e1312413. //www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/15701