Leituras femininas, protagonistas de Machado
Palavras-chave:
Formação do público leitor. Leitura feminina. Machado de Assis. Romance brasileiro oitocentista.Resumo
O presente artigo aborda representações de práticas de leituras femininas e a formação do leitorado oitocentista brasileiro, percebendo que as personagens ficcionais, encontradas em romances de folhetins, podem ser entendidas como estratégias para aprimorar o gosto pela leitura literária entre as mulheres burguesas do século XIX brasileiro. Por intermédio da fortuna crítica dos “romances de leitoras” escritos por Machado de Assis, é possível notar que os romancistas aproveitavam os espaços de veiculação oferecidos pelos jornais como meios de alcançar novos perfis de leitores, mais especificamente, o público leitor feminino. No entanto, a crítica literária brasileira apenas destaca fatos como esses a partir do momento em que a história e a historiografia literária abarcam passam a dedicar espaço à leitura e em que a teoria literária acolhe a estética da recepção e as teorias do efeito. A pesquisa fundamenta-se em estudos sobre a leitura feminina no Brasil do século XIX e em trabalhos críticos sobre narrativas romanescas de Machado de Assis, principalmente, A mão e a luva e Iaiá Garcia, bem como nas reflexões de Antonio Cândido (2000), Hélio de Seixas Guimarães (2004a; 2004b), John Gledson (2006), José Guilherme Merquior (1977), Márcia Abreu (2003), Roberto Schwarz (2000) e Suzan Pravaz (1981).
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