Função-autor de Foucault e comodificação discursiva no contexto do capitalismo cognitivo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.4632372Resumo
A noção de autoria, embora muito antiga na sociedade ocidental, ainda é alvo de muita controvérsia. Em geral, a questão vem sendo avaliada sob o ponto de vista da crítica literária, para a qual o nome do autor exerce, desde o seu surgimento, um papel muito particular de controle sobre os textos. Ao se propor a analisar a questão sob uma perspectiva estritamente discursiva, Foucault (1999, 2009) inaugura uma nova compreensão a respeito da figura do autor. A perspectiva foucaultiana, aliada ao conceito de comodificação discursiva desenvolvido no campo da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001), nos permite compreender com mais profundidade o status e o papel social que a autoria recebe em nossa sociedade. Esse questionamento torna-se particularmente importante no contexto atual, em que a noção de autoria individual e as leis de propriedade intelectual engendram um imenso paradoxo no interior do chamado “capitalismo cognitivo” (COCCO; VILARIM, 2009). Neste trabalho, nós nos propusemos a discutir como a função-autor pode ser compreendida no contexto de expansão das tecnologias e mercadorias discursivas.
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