A trajetória do mais-que-perfeito e as múltiplas opções de sua substituição na língua falada no português popular de Vitória da Conquista (BA)
Resumo
Este artigo trata da função de anterioridade a um ponto de referência passado. A este respeito, acreditamos que tal função está codificada no português por meio de outras categorias verbais, além do mais-que-perfeito composto, tais como o pretérito perfeito, evidenciando que a forma simples do mais-que-perfeito parece estar em extinção. Para tanto, esta pesquisa se insere dentro do quadro teórico do Funcionalismo Linguístico. E para comprovar empiricamente isso, verificamos os dados do corpus do Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e em Sociofuncionalismo/CNPQ da região urbana de Vitória da Conquista, na Bahia. Ao discutirmos as noções de tempo, aspecto e ponto de referência, procuramos demonstrar que tal função, até certo ponto, não está vinculada apenas à forma verbal, mas perpassa por toda sentença, sendo inclusive reforçados por advérbios de tempo. A junção deste conjunto de formas contribui para que a função de anterioridade não seja exercida apenas pelo mais-que-perfeito, outros verbos exercem tal função de igual modo, o que, todavia, não é citado pelas gramáticas de cunho normativo.
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