Potlatch ou Dádiva:

as faces da narrativa Hilstiana

Autores

  • Andréa Jamilly Rodrigues Leitão Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará - UFPA

DOI:

https://doi.org/10.31668/revsap.v13i2.14924

Resumo

Na tarefa de comunicar o incomunicável, a literatura de Hilda Hilst tende à impotência e ao fracasso do indizível. Especialmente em relação a sua prosa de ficção, a temática do fracasso torna-se bastante notável na abordagem do percurso do escritor. A presente proposta de leitura parte dos livros Tu não te moves de ti (1980), A obscena senhora D (1982) e Com os meus olhos de cão (1986), de modo a focalizar o percurso do escritor e a realidade instaurada pela palavra. As personagens hisltianas assumem a demanda pelo acontecimento verbal, entendido ora na disposição ao fracasso, a partir do diálogo com os estudos de Marcel Mauss (2001, 2013) e de Bataille (2016) sobre a experiência do Potlatch – isto é, a operação de dispêndio, concebendo a criação a partir da perda –; ora na dádiva de traduzir em palavras o inefável da experiência humana ou, ainda, de capturar a imagem de um universo unívoco e prismático nas “mil faces” da narrativa.

Biografia do Autor

  • Andréa Jamilly Rodrigues Leitão, Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará - UFPA

    Doutora em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo (USP). O presente texto é resultado das discussões presentes na tese intitulada Santa geometria: o erotismo trágico na prosa de Hilda Hilst. Atualmente, é professora da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Publicado

2024-04-21

Edição

Seção

Estudos Hilstianos - novos diálogos