TENDÊNCIAS DOS ESTUDOS COM PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL

Autores

  • Fernanda Melo Carneiro
  • Maria José Pereira da Silva Núcleo de Educação Ambiental e Pesquisa em Biologia – NEAP-Bio, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária de Iporá (UnU-Iporá).
  • Leonardo Luiz Borges Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN) - Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Goiás - UFG - 74.605-220 - Goiânia-GO, Brasil
  • Lorena Carneiro Albernaz Faculdade de Saúde, Universidade de Brasilia, Brasília, Brasil
  • Joana Darc Pereira Costa Escola Estadual Evangélica conveniada Betel, Iporá, GO, Brasil.

Palavras-chave:

Plantas Medicinais, Medicina Alternativa, Revistas brasileiras, Cienciometria, Levantamento etnobotânico

Resumo

As plantas medicinais são utilizadas pelo homem desde o início da história e atualmente empregadas como recursos na medicina alternativa por grande parte da população mundial.  Esse uso deve-se à facilidade de acesso às plantas em relação aos medicamentos alopáticos. O objetivo deste trabalho foi, primariamente, desenvolver uma análise cienciométrica sobre as tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil, investigando se o número de trabalhos cresceu ao longo dos anos. Além disso, foi identificamos as principais plantas que são estudadas pelo seu principio medicinal no Brasil. Para a pesquisa foi empregada a base de dados Scielo, com artigos de 1995 a 2011, utilizando a palavra “Planta Medicinal” como palavra-chave. Foram avaliados 329 artigos, mas somente 265 foram compatíveis à pesquisa. Artigos que não foram desenvolvidos no Brasil; que não utilizaram o termo planta medicinal; ou não citaram plantas foram excluídos das análises. Em cada artigo selecionado foram coletadas as seguintes informações: título do artigo, quantidade de autores, instituições responsáveis pelo estudo, local das instituições, ano de publicação, tipo de estudo (ex.: farmacológico, agropecuário e ecológico) e as plantas que foram estudadas. Por meio de análises desses dados foi possível verificar as tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil. Conforme esperado, a maior parte dos artigos avaliados estão voltados para a Farmacologia, com aplicação em diversas áreas da saúde e em segundo lugar a Agropecuária, devido ao interesse em desenvolver produtos a partir de plantas para o controle de pragas. Entretanto, verificou-se o emprego em outras áreas, como a Bioquímica, Botânica, Ecologia, Genética/Molecular e Educação que apesar de serem menos frequentes, são essenciais, pois os estudos com plantas medicinais requerem profissionais de múltiplas áreas. Além da investigação da medicina popular é necessários considerar aspectos como o isolamento, purificação, caracterização dos princípios ativos, investigação farmacológica de extratos, constituintes químicos e transformações químicas. Dentre as plantas que tiveram maior destaque nos estudos está a Hortelã (Mentha piperita L), muito utilizada pela população devido a suas ações: vermífuga, antibacteriana e anti-inflamatória.

Biografia do Autor

  • Fernanda Melo Carneiro

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2005), mestrado (2007) e doutorado (2012) em Ecologia e Evolução pela Universidade Federal de Goiás. Realizou doutorado Sanduíche no laboratório de comunidade e ecologia quantitativa da Université du Québec à Montréal (UQAM - Montreal - Canada). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de comunidades, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia aquática, padrões espaciais e temporais de comunidades e cienciometria. É professora efetiva da Universidade Estadual de Goiás.

  • Leonardo Luiz Borges, Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN) - Faculdade de Farmácia - Universidade Federal de Goiás - UFG - 74.605-220 - Goiânia-GO, Brasil
    Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Goiás (2008), mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Goiás (2012) e Doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Brasília (2014).
  • Lorena Carneiro Albernaz, Faculdade de Saúde, Universidade de Brasilia, Brasília, Brasil
    Possui graduação em Ciencias Farmaceuticas pela Universidade de Brasília (2004), mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (2006) e doutorado Co-Tutella em Química de Produtos Naturais pelo Museu de História Natural de Paris e em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (2010)

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Publicado

2015-02-25

Edição

Seção

Ciências