Paint– caos urbano e gravura digital

Autores

  • José César Teatini de Souza Climaco

Resumo

Chamo de ‘caos urbano’ o crescimento desordenado das cidades, que não obedece – ou não se preocupa, minimamente – com um planejamento urbanístico, que visa o bem estar do cidadão, o deslocamento de carros e pedestres, transportes privados e públicos... Edifícios – arranha-céus – se multiplicam, se sobrepõem e fazem sombras uns aos outros, escondem ou derrubam e substituem as pequenas edificações – casas, e muitas vezes patrimônios históricos –, compactam e impermeabilizam o solo, provocam a concentração de população e de circulação de veículos automotores, escondem os horizontes e a iluminação natural, o sol, os céus. Nos últimos anos tenho trabalhado com essa temática – com essa preocupação – tanto na gravura quanto nos trabalhos em papelão. Nas colagens e montagens sobreponho recortes de papelões, como nos meus experimentos em gravura superponho impressões, inclusive de matrizes diferentes, que me proporcionam a ideia de ‘amontoado’, de desordem e de caos. Levei para o Paint o mesmo espírito. As ferramentas disponíveis – criar figuras geométricas, linhas retas rígidas, selecionar formas ou recortes, deformar, expandindo ou comprimindo, cortar, copiar e colar, repetir e multiplicar as formas edificadas (os edifícios), sobrepô-las à exaustão. Junte-se a isso a facilidade de utilizar cores, com rapidez de aplicação e correção, podendo inverter, substituir e unir. No Paint e na cidade, a repetição, a imediaticidade, a superposição.

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Publicado

2019-06-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Paint– caos urbano e gravura digital. (2019). Revista Plurais - Virtual (e-ISSN 2238-3751), 8(1). https://www.revista.ueg.br/index.php/revistapluraisvirtual/article/view/9182