Educação do Futuro e a Reorganização do Poder na Sociedade
Palavras-chave:
Educação. Reorganização do poder. SociedadeResumo
A construção de uma Educação do Futuro requer uma nova visão da natureza humana e de nós mesmos. Isto implica uma nova visão do nosso poder como indivíduos e cidadãos. A humanidade está vivendo um amplo e disseminado processo de transição civilizatória. Esta transição atinge a todos. Ela, também promove uma mudança radical dos componentes básicos das visões vigentes. Visões são compostas por conceitos que se consolidam nas nossas estruturas perceptivas e nas formas de organização da ação humana. Quatro conceitos são apontados como fundantes de como entendemos e organizamos o mundo. Os conceitos de matéria, espaço, tempo e pessoa. Ao se examinar processos de transições profundas é importante perguntar: Como estas transições acontecem ? Quais são as forças geradoras destas mudanças? Que atores compõem esta rápida sucessão de cenários? Se examinarmos como as civilizações se sucedem, ascendem e declinam na história humana, veremos que além dos novos conceitos que animam as forças emergentes, estas novas visões vão se construindo em práticas sociais fundadas em necessidades e possibilidades. Estas se anunciam pela ação de novos conceitos, insights e descobertas incorporados nas atividades dos agentes transformadores, e pela força dos movimentos que se expressam na direção da mudança. Visão e movimentos transformadores se alimentam mutuamente. Muitas vezes as novas visões que vão se formando tomam tempo para que sejam assimiladas de forma significativa e tenham efeito transformador. A inércia dos interesses estabelecidos e as formas de conhecimento vigentes, quase sempre impedem que os sistemas promovam mudanças significativas nas suas concepções e estruturas de poder. Quase sempre as mudanças são gestadas pelas forças que se tornam marginais ao sistema. Quanto mais o sistema se defende e encolhe, mais evidente se tornam as necessidades e possibilidades de mudança.