Versão Completa da revista
Resumo
APRESENTAÇÃO
Eis que entregamos aos leitores mais uma edição desta Plurais Virtual. Agradecemos aos autores que contribuíram com seus textos. A demora em trazer à tela este número nos faz devedores de uma explicação. O atraso na publicação deste nº 2 de 2014 se deveu à transição entre a equipe editorial anterior e a atual, além da pesada carga de trabalho. Fica aqui o nosso compromisso de garantir a regularidade das próximas edições.artir deste número, os leitores constatarão que a pluralidade que é uma característica central deste periódico se ampliou. Ao estabelecermos a estratégia de fluxo contínuo para a submissão de novos textos, renunciamos também à política de publicações na forma de dossiês. Entendemos que uma coisa leva à outra. Por isso, desta edição em diante, serão encontrados trabalhos sobre as mais variadas temáticas. Além de tornar a Revista mais acessível a uma quantidade maior de autores, essa abertura facilita a captação de textos, o que poderá viabilizar a publicação de mais de duas edições por ano. Se isto é bom para os leitores, para os autores e para a própria Revista, por que não fazê-lo? Esperamos ter fôlego para tanto.
Para melhor orientar os leitores e agilizar suas buscas por textos sobre temáticas do seu interesse, apresentamos algumas informações sucintas sobre o conteúdo dos trabalhos que compõem esta edição. Além de uma entrevista com a historiadora Ana Carolina Eiras Coelho Soares – doutora em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professora da Universidade Federal de Goiás –, realizada pelo professor Ademir Luiz, há uma resenha da obra A cultura no mundo líquido moderno, do sociólogo Zygmunt Bauman, produzida por Matheus de Mesquita e Pontes. A professora Ana Carolina Eiras Soares é pesquisadora da temática gênero e sua entrevista gira em torno da condição e da situação da mulher na sociedade.
Sobre a temática educação encontram-se dois artigos. No primeiro, “Remuneração e carreira docente nos municípios goianos, após implantação do FUNDEB”, Renato Ribeiro Leite, doutor em Políticas Públicas pela UFRJ, analisa a implementação de estatutos do magistério e planos de carreira e vencimentos dos professores da educação básica em onze municípios do estado de Goiás e seus efeitos na valorização da remuneração da categoria docente. Trata-se de resultado de uma pesquisa fundamentada na legislação pertinente e em dados empíricos fornecidos pelas secretarias de educação dos referidos municípios. No segundo – “Sociologia no ensino médio nas escolas da rede estadual de educação de Goiânia: análises e perspectivas” – Maria de Lourdes Alves aborda o ensino de Sociologia na rede estadual de educação na cidade de Goiânia (Goiás), tendo como referência empírica as escolas da referida rede. A análise dos dados, especialmente das respostas obtidas dos professores por meio de entrevistas, permitiu à autora chegar a conclusões positivas em relação ao ensino da disciplina no nível médio.
No terceiro artigo desta edição, Roberta do Carmo Ribeiro se propôs a pensar o cineasta norte-americano Woody Allen como “cineasta historiador”, sendo este o fio condutor da sua pesquisa. Sua análise está centrada na “escrita” filmográfica da história da América no período entre guerras produzida por Allen, a partir de elementos advindos de sua formação enquanto judeu americano e artista preocupado com a questão da identidade judaica. Além da linguagem irônica e satírica do cineasta, a autora inclui em seu trabalho um mapeamento da construção da sua biografia oficial, assim como a construção de sua imagem pública.
A transformação das entidades sindicais de trabalhadores rurais em organizações burocráticas é o tema do artigo de José Santana da Silva, “A burocratização do sindicalismo rural no Brasil”. O autor parte da definição das relações burocráticas e da burocracia, rlacionando-as com o desenvolvimento das relações sociais capitalistas. Demonstra que a burocratização da organização sindical em geral se iniciou ainda no século 19, em países europeus. No Brasil, aprofundou-se a partir de 1931, culminando com o Estatuto do Trablahador Rural de 1963. O Estado desempenhou papel central nesse processo, contando com a legitimação dos partidos ditos de esquerda e dos agentes da Igreja Católica.
Tendo como objeto e fonte de pesquisa um jornal impresso – Folha de São Paulo – a economista e professora Joana D’Arc Bardella Castro realiza uma análise dos debates sobre a adoção de sacolas biodegradáveis como embalagens, tendo como propósito verificar a contribuição das informações veiculadas nesse meio de comunicação de massa na formação de uma nova forma de comportamento inserida nos contextos político, econômico e ambiental. Para tanto, a autora utilizou o método de “análise de conteúdo”. Dessa perspectiva, posiciona-se sobre a atuação dos veículos de comunicação.
Finalmente, a professora e pesquisadora na área de turismo Tereza Caroline Lôbo e seus bolsistas realizaram uma interpretação dos dados resultantes de um levantamento das características econômicas, sociais e culturais dos turistas que visitam a cidade de Pirenópolis (Goiás), assim como seus interesses, gostos, grau de satisfação com os serviços e tempo de permanência na referida cidade, tendo como objetivos ampliar, atualizar e sistematizar a base de dados sobre o perfil da demanda turística e seu potencial, com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento dos empreendimentos no setor.
Ao encerrar esta apresentação, informamos que esta Revista Plurais Virtual continua vinculada aos Programas de Pós-Graduação (Mestrados Interdisciplinares) Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER) e Educação, Linguagens e Tecnologias (MIELT), da Universidade Estadual de Goiás.
Uma boa e proveitosa leitura crítica a todos. Nossos agradecimentos aos autores que nos confiaram a publicação dos seus textos nesta Revista Plurais.