Espaço de Experiência, Horizonte de Expectativas e consciência Histórica em Belchior
Palavras-chave:
Belchior, tempo, espaço de experiência, horizonte de expectativas.Resumo
Este texto se propõe a apresentar e discutir os direcionamentos centrais da concepção de tempo na musicalidade de Belchior nos planos teóricos de Reinhart Koselleck e Jörn Rüsen. Para tal intento, torna-se necessário investigar o universo conceitual dos teóricos alemães sobre suas concepçoes de espaço de experiência, enquanto um passado presente, onde os próprios acontecimentos estão juntos na vida prática; horizonte de expectativas, compreendido por ele como algo não experimentado, algo que se pode descobrir e está no universo de projeções de um futuro do indivíduo; e de consciência histórica. Nesse âmago, Belchior em sua musicalidade apresenta uma unidade temporal em suas músicas, principalmente no que tange ao constituir narrativas musicais sobre o passado a partir de um presente, constituindo, assim, um tempo histórico onde suas concepções apresentam necessidades de proposição de um futuro. Por isso, experiências e expectativas só existem juntas, formando um tempo histórico nas composições de Belchior sob uma determinada forma de consciência histórica.