Entrevista com o filósofo Roberto Machado

Autores

  • Ademir Luiz da Silva
  • Carlos Augusto Silva

Resumo


O filósofo Roberto Machado é um dos mais importantes intelectuais brasileiros, autor de ampla, profunda a variada obra, que inclui reflexões sobre os mais diversos temas: literatura, teatro, pintura, cinema, Nietzsche, Hegel, Kant, Deleuze, Foucault etc. Escreveu livros como O Nascimento do Trágico - De Schiller a Nietzsche e Deleuze – a arte e a filosofia. Organizou volumes como Microfísica do Poder, onde reuniu textos e entrevistas de Michel Foucault, praticamente criando uma obra apócrifa. Essa variada linha de interesses rendeu-lhe respeito, visibilidade, status de scholar; mas também algumas críticas. Atuando no universo acadêmico brasileiro, onde a especialização é a regra, foi acusado de “não ser um filósofo, mas um literato” e de “desperdiçar sua capacidade estudando filósofos de importância secundária”. Roberto Machado defendeu-se dessa perspectiva que chama de “Modelo da USP dos anos de 1960”, afirmando que a “extrema especialização cria dificuldades para que se pense criativamente”. Definindo-se como “fundamentalmente um professor”, acredita que o diálogo com os alunos ajuda-o a estabelecer o sentido de suas descobertas e, quando dá por terminada uma pesquisa, “gosto de publicar um livro, porque isso dá a possibilidade de aquelas explicações atingirem outros, como se fosse um presente que eu desse aos que não são meus alunos”. Nessa entrevista é enfocado seu papel como intelectual público, divulgador e decodificador de filósofos fundamentais para compreensão do mundo moderno, suas perspectivas enquanto pensador da estética e, destacadamente, os rumos de sua pesquisa em andamento, onde trabalha o clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. Pesquisa que deve gerar um livro. Um novo presente para alunos e não alunos.

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Publicado

2014-08-25

Edição

Seção

Entrevistas

Como Citar

Entrevista com o filósofo Roberto Machado. (2014). Revista Plurais - Virtual (e-ISSN 2238-3751), 4(1), 6-18. //www.revista.ueg.br/index.php/revistapluraisvirtual/article/view/2750