VIOLÊNCIA, CORPO SUPLICIADO E RELAÇÕES DE GÊNERO NO ROMANCE ESCRAVA ISAURA DE BERNARDO GUIMARÃES

Autores

  • Tânia Zimmermann
  • Márcia Maria de Medeiros Câmpus Inhumas - Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Violência. Escravidão. Literatura. Gênero

Resumo

Na pesquisa, analisamos formas de violência  na obra Escrava Isaura, do escritor brasileiro Bernardo Guimarães. Com foco nas relações de gênero, buscamos algumas representações sobre o status social de certos personagens, dando especial ênfase a narrativas sobre Isaura e Álvaro. A constituição da figura masculina e feminina na novela tende a naturalizar os estigmas alinhados nas relações de classe e de gênero. A posse de violência é duplamente legitimada para o personagem de Álvaro porque ele sustenta escravos e acredita que sobre o corpo feminino é possível exercer o suplício, pois para ele não há limites para o exercício da violência múltipla. Mesmo que nem todo o homem tinha a posse da violência legítima, ela estava sendo tolerado pela sociedade, então. Mas linhas de fuga são construídos para a personagem Isaura contestando sua condição de classe e de gênero vitimizadora.

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Publicado

2014-09-18

Edição

Seção

Tema livre