Nietzsche e a infância
Palavras-chave:
Infância, Construtivismo, “Inovação”, Criticidade.Resumo
A intenção deste trabalho é discutir e contextualizar o quanto for possível as incursões de Nietzsche no tocante a condição da infância no cenário educacional contemporâneo. Denuncia-se, assim, que o projeto de infância vem sendo obliterada por um sistema que visa somente as possibilidades utilitárias. Com o aporte das teorias construtivista a escola se vincula ainda mais aos preceitos de mercado, aonde prevalece o individualismo e egoísmo. Nietzsche demonstra profunda preocupação com este tipo de educação, uma vez que esta já se desenvolvia em meados do século XIX. Fundamentados em uma de suas mais importantes obras, Assim falou Zaratustra, na qual, ao postular a figura do camelo, no texto As três metamorfoses, este pensador parece vaticinar o axioma da educação dos séculos posteriores. O camelo, conforme Nietzsche demonstra, retrata a moral de rebanho e a falta de autonomia nas condições da sociedade capitalista e democrática do século XX e inicio do século XXI. A transição do Leão à criança mostra-se laboriosa, embora necessária. Ademais, busca-se uma visão concreta acerca do que o pensador alemão advogara. Outros pensadores como Larrosa (2009), Foucault (1987) Morin (2008) entre outros, também são utilizados para discutir o pensamento nietzschiano. Percebe-se, com isso, que, ainda hoje, há uma dominação e um modelamento, desde as creches, no que tange as crianças. O aluno bom é o quieto, o manipulável, que pode ser facilmente transgredido por valores pseudoteológicos. A criança dinâmica, inquieta, angustiada questionadora é entendida como má, indisciplinada, sendo necessário que as instituições façam o possível para “melhorá-las”. Nietzsche é algoz deste tipo de atitude e defende, categoricamente, a capacidade artística e criativa da criança, que deve ser estimulada, não tolhida.Downloads
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