Qualidade de vida das mães de crianças com Paralisia Cerebral em reabilitação.

Authors

  • Cejane Oliveira Martins Prudente

Abstract

Tese construída no modelo de artigos científicos. No primeiro, publicado na “Revista Eletrônica de Enfermagem”, intitulado “Qualidade de vida de cuidadores primários de
crianças com Paralisia Cerebral: revisão integrativa da literatura”, utilizando os descritores “Qualidade de Vida”, “Mães”, “Pais”, “Cuidadores” e “Paralisia Cerebral”, foi realizada
uma revisão integrativa da literatura, incluindo
artigos científicos publicados no período de 1997
a 2008. Dos 28 artigos encontrados, 5 fizeram
parte da amostra, sendo que muitos deles tiveram
fortes limitações metodológicas, ficando evidente,
contudo, que alguns aspectos da qualidade de vida
dos cuidadores de crianças com Paralisia Cerebral
são menores do que o dos cuidadores de crianças
saudáveis. Em alguns destes trabalhos foi
investigada uma possível correlação entre o nível
de comprometimento motor das crianças e a
qualidade de vida dos cuidadores, porém, não
houve concordância entre os autores,
evidenciando a necessidade de novas
investigações. Neste sentido, em um segundo artigo, encaminhado ao periódico “Disability &
Rehabilitation”, com o título “Quality of life of
mothers of children with Cerebral Palsy: impact of motor disability”, um estudo do tipo
transversal, procurou-se correlacionar a qualidade
de vida de 146 mães de crianças com Paralisia
Cerebral, comparando-as com 30 mães de
crianças com desenvolvimento normal, ambas
avaliadas pelo Medical Outcome Study 36-item
Short-Form Health Survey (SF-36); além disso,
para caracterizar o comprometimento motor das
crianças com Paralisia Cerebral utilizou-se o
Sistema de Classificação da Função Motora
Grossa (GMFCS). Neste estudo ficou
comprovado que a qualidade de vida das mães de
crianças com Paralisia Cerebral é menor do que a
das mães de crianças com desenvolvimento
normal quanto aos domínios Capacidade
Funcional e Vitalidade, mas o comprometimento
motor das crianças não teve influência. No terceiro artigo, publicado no periódico “Revista Latino-Americana de Enfermagem”, com o título “Relação entre a qualidade de vida de mães
de crianças com Paralisia Cerebral e a função motora dos filhos após dez meses de reabilitação”,foram estudadas 100 mães de crianças com
Paralisia Cerebral, procurando-se avaliar a
qualidade de vida destas mães após dez meses de
reabilitação de seus filhos, utilizando-se os
mesmos instrumentos já referidos e a Medição da
Função Motora Grossa (GMFM). Trata-se,
portanto, de um estudo longitudinal, no qual se
procurou correlacionar a qualidade de vida das
mães com a evolução da função motora grossa das
crianças. Os resultados demostraram que ao final
de dez meses de reabilitação, as crianças com
Paralisia Cerebral tiveram significativa melhora
da função motora grossa, enquanto as mães destas
crianças tiveram uma melhora na qualidade de
vida no domínio dor; ademais, a melhora da
função motora das crianças não influenciou nas
mudanças ocorridas na qualidade de vida das
mães, inclusive no domínio dor. Considerando a
complexidade de qualidade de vida e da condição
clínica representada pela Paralisia Cerebral, tudo
leva a crer que outros fatores poderão ter maior
influência do que o comprometimento da função
motora, pois este fator, por si só, não interfere na
qualidade de vida das mães.

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Published

2018-02-28

Issue

Section

Resumos de Dissertações e Teses

How to Cite

Qualidade de vida das mães de crianças com Paralisia Cerebral em reabilitação. (2018). Movimenta (ISSN 1984-4298), 5(1), 147-148. //www.revista.ueg.br/index.php/movimenta/article/view/7047

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