Desejo de totalidade: o desastre da escrita em Marguerite Duras
Palavras-chave:
Marguerite Duras. Totalidade. Desastre. Representação. Escrita.Resumo
Através da escrita de Marguerite Duras perpassa um desejo de recuperação das formas repetidas e milenares de narrativa, quando da possibilidade de apreensão de totalidade da existência. Porém, sua escrita depara-se com o desmoronamento da racionalidade, restando apenas ruínas da experiência e a dissolução de limites e certezas. Diante da impossibilidade de exprimir uma visão absoluta do mundo a ser representado, a escrita de Duras dialoga com outras linguagens em uma tentativa de ultrapassar a condição de descontinuidade, própria da existência. Em Le camion, Le navire Night e La maladie de la mort, textos de Duras aqui abordados, reconhece-se a busca pela completude: porém se revela a despersonalização do sujeito, que abre mão da sua subjetividade ao narrar. Dessa presença vazia encontrada nas narrativas de Marguerite Duras é que resta a esperança de se poder abranger o todo: através do tempo hipotético, a narrativa abre-se para o ilimitado das possibilidades.
Downloads
Edição
Seção
Licença
Ao enviar o material para publicação, o(s) autor(es) está(ão) automaticamente cedendo seus direitos autorais para a Via Litterae, que terá exclusividade para publicá-los em primeira mão. O autor continuará a deter os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo trabalho. Além disso, a submissão de artigos à Via Litterae constitui plena aceitação das normas aqui publicadas. Os conteúdos e as opiniões expressas nos textos são de inteira responsabilidade de seus autores.