O mapeamento decolonial de Moçambique nos romances de Mia Couto
Resumo
Este artigo tem como objetivo tratar da forma como a prosa de Mia Couto procura dar voz a sujeitos invisibilizados pelo colonialismo lusitano estabelecido em diversos países do continente africano, a exemplo de Moçambique, país de origem do autor. Em seus romances, é possível considerarmos que o escritor elabora manifestos culturais e políticos relacionados com a história de opressão e violência pela qual passou a nação moçambicana, subjugada principalmente ao autoritarismo do regime salazarista, destacando a relevância indispensável de expor aos leitores o testemunho de luta pela liberdade desse povo e a busca incessante pela verdade, outrora varrida para debaixo dos tapetes da polícia portuguesa, através de narrativas que não obedecem a uma visão de mundo eurocêntrica. Para desenvolver o tema, utiliza-se como referência textual o mais recente romance de Mia Couto, que se chama O mapeador de ausências (2020), sem deixar de se mencionar algumas produções literárias anteriores tais como Terra sonâmbula (1992), A varanda do frangipani (1996) e Vinte e Zinco (1999), obras também importantes para a compreensão do mapeamento decolonial a ser abordado neste texto.
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