Curso de marcenaria para mulheres: sobre o discurso hegemônico manifesto em plano sutil
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.4118743Resumo
O presente artigo tem por finalidade a desnaturalização daquilo que é cotidianamente naturalizado por discursos hegemônicos – sobretudo aqueles que versam sobre questões de gênero. Para uma análise crítica, parte-se de um curso de marcenaria para mulheres. O objeto de análise é, então, a interação de um professor com dez alunas do curso. Por meio de uma perspectiva etnográfica, as interações serão analisadas por uma lente qualitativo-interpretativista não essencialista, sendo observadas à luz dos Estudos Sociointeracionais do Discurso. Tencionando a problematização de questões latentes, a teoria queer será utilizada como recurso crítico e anticristalizador. Nessa análise, será observada a forma como hierarquias de gênero estão subjacentes à interação professor/alunas. Para tal, a performance dos participantes será analisada, bem como a estruturação de alinhamentos na sequência de enquadres da interação. Estratégias discursivas adotadas para a construção performática e para a manutenção do piso conversacional do professor serão observadas, bem como a sustentação de suas falas por parte das alunas em contexto situado.
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