A aula de Língua Portuguesa: inquietudes epistêmicas e ressignificações metodológicas
Resumo
Este artigo tem como tema a dimensão epistêmica da aula de Língua Portuguesa e se organiza com o objetivo de problematizar eventual proeminência no aprender, defendendo a equalização entre o ensinar e o aprender nesse campo, para o que necessariamente concorre a retomada de conteúdos, em percursos progressivos, nos programas educacionais, delineados a partir de uma concepção de língua como interação social e, por implicação, de léxico e gramática concebidos como a serviço das práticas sociais de uso da língua. A base epistemológica é histórico-cultural e são evocados estudos do Círculo de Bakhtin e do ideário vigotskiano em convergência com essa mesma base. Faz-se uma discussão qualitativa de enfoque documental, a partir de bancos de dados organizados pelo Grupo de Pesquisa Cultura Escrita e Escolarização, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina. O conteúdo do artigo problematiza a objetificação dos gêneros do discurso e pseudoabordagens de análise linguística, além de reiterar a crítica ao normativismo. O eixo que emerge dos resultados é a defesa do tensionamento entre conceitos cotidianos e conceitos científicos como fundamento teórico para ressignificações no encaminhamento metodológico em se tratando da aula de Língua Portuguesa.
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