O sertão como objeto literário: considerações críticas dentro da tradição formativa
Resumo
O texto busca recuperar a noção de formação, cunhada por Antonio Candido em 1959, como enquadramento conceitual para o entendimento do tipo específico de realismo literário que surge no contexto brasileiro entre os anos 1930 e 1964. Procurar-se-á mostrar que, para além de um estudo sociológico, Formação da literatura brasileira oferece o material para que se pense a conjunção entre ideologia, projeto de país e base material. Ao se retraçar o ambiente econômico e ideológico da Primeira República, pretender-se-á evidenciar que o impulso estético em direção ao problema do sertão pós-1930 responde à crise dos arranjos políticos do coronelismo e à emergência do objeto-sertão como ponto de desembocadura das tensões na tradição literária brasileira.
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