DEFINIÇÕES E FRONTEIRAS DO FANTÁSTICO EM A BOLSA AMARELA, DE LYGIA BOJUNGA: O EQUILÍBRIO IDEAL ENTRE A LIBERDADE E AS LIMITAÇÕES DO REAL
Palavras-chave:
Literatura maravilhosa. Imaginário. Autoconhecimento.Resumo
Lygia Bojunga Nunes, notável escritora brasileira, ao pensar na literatura como uma possibilidade de contribuir para a formação ideológica do povo brasileiro, por meio de algumas das suas obras literárias denuncia e favorece reflexões sobre várias questões como, o preconceito contra a mulher e contra a criança, indiferença social, entre outras. Para tal, a escritora constrói as suas narrativas utilizando a infância como tema principal, porém a escritora possui obras voltadas não só para o publico infantil e juvenil, mas também obras com o foco voltado para o público adulto, abordando questões subjetivas do nosso universo, como a infidelidade, o suicídio, o abandono, sob a ótica do pequeno leitor: o escutar e o olhar da criança. Nas suas obras da década de 90 em diante, notamos que as suas personagens estão voltadas às questões do universo da maturidade adulta, mesmo quando há a retomada da infância e que o ponto de vista do narrador cresce com o leitor. Para além disto, as suas obras são caracterizadas por uma marcante infração dos limites entre realidade e fantasia, o que poderá proporcionar à criança um caminho para a maturidade e para a busca da sua identidade. Partindo disto, o presente trabalho pretende tecer breves considerações sobre áreas que se tocam como fantástico, o conto maravilhoso tradicional e o conto maravilhoso contemporâneo. Isto permitir-nos-á destacar alguns desses elementos presentes na obra A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga. Este artigo tem por objetivo refletir a importância do imaginário como importante recurso de auto-conhecimento, ou seja, aquilo que permite às crianças superarem as suas diferenças e as suas dificuldades, graças à leitura destes textos.
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