Policarpo Quaresma e o triste fim da utopia nacionalista romântica
Palavras-chave:
Romantismo. Nacionalismo. Pré-Modernismo. Policarpo Quaresma. Lima Barreto.Resumo
Os anos que se seguiram à Revolução Francesa foram marcados por um grande entusiasmo nacionalista que não se manteve restrito à Europa, mas ultrapassou os limites do continente europeu, aportando nos territórios do Novo Mundo que, tocado pelo sopro dos ideais revolucionários, também engendrou os seus próprios ideais nacionalistas. No Brasil, o ideal romântico-nacionalista manifestou-se na exaltação da natureza brasileira, no retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional – o índio – eleito aqui como o representante do cavaleiro medieval. No afã de construir um nacionalismo pujante, os escritores românticos inventam um passado com base nas tradições milenares do povo europeu adequando-as, de modo idealista, aos interesses emergentes instaurados pelo evento da Independência. A problematização da utopia nacionalista romântica emerge com o cientificismo já disseminado, no Brasil, a partir da década de 1870 e adquire destaque no alvorecer do século XX, por obra do movimento Pré-Modernista. Entre os intelectuais que buscaram desmascarar o logro romântico destaca-se Lima Barreto. É por meio do romance Triste fim de Policarpo Quaresma que se conhecerá o melhor desempenho limiano no que toca à elucidação dos problemas advindos do idealismo construído pelo projeto romântico.
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