PanAmérica e Plano Detalhe: reflexões sobre consumo e identidade
Resumo
PanAmérica, romance brasileiro escrito por José Agrippino de Paula e publicado em 1967, inicia sua história mostrando um narrador em convívio com o cotidiano dos artistas. Tal início abre uma profícua discussão acerca do consumo e da sua relação com o público consumidor, ávido não só por bens materiais. Desta maneira, a obra ficcional questiona o papel desempenhado pela Indústria Cultural nessa relação. Ao longo das décadas seguintes, com a mudança chamada por alguns de “pós-moderna”, as subjetividades ficaram ainda mais claramente fragmentadas. As certezas foram desestabilizadas, assim como as identidades, por sua vez, tornaram-se frágeis, efêmeras e vazias. A relação do “eu” com os produtos da indústria da cultura estreita-se: busca-se no ídolo algo que não se é e que não se tem. Igualmente, as empresas investem na conexão sentimental das marcas com os consumidores. Neste momento, o livro de contos Plano Detalhe, de 2010, de Rômulo Cyríaco, abraça tal discussão, problematizando a realidade hodierna. Este artigo visa refletir sobre tais questões, valendo-se, para tal, de ambos os textos literários e de um seleto corpo teórico.Downloads
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Temática Livre: Estudos Literários
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Como Citar
PanAmérica e Plano Detalhe: reflexões sobre consumo e identidade. (2013). Via Litterae (ISSN 2176-6800): Revista De Linguística E Teoria Literária, 5(2), 463-483. //www.revista.ueg.br/index.php/vialitterae/article/view/2617