O desmoronamento do tempo: as dobras da memória em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto

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Resumo

Para reconhecer-se é pressuposto desconhecer-se. Esse é o longo caminho percorrido pelo protagonista Mariano, de Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto. A partir do estudo do referido romance, o presente artigo consiste na investigação das formas de construção da memória, que perpassa a experiência no trajeto conflitante entre tempo, personagem e mundo, concretizando-se como um discurso da diáspora que compõe a condição humana. A figura ficcional é focalizada, aqui, como fenômeno que, condicionado pela temporalização inerente ao processo de configuração narrativa, problematiza a natureza constitutiva do sujeito, possibilitando ao leitor a formulação de imagens do homem no percurso de ser-no-mundo. A dinâmica narrativa operada na construção da memória possibilita o acesso a uma realidade própria de ser mais distante das petrificações ou invenções unitárias da razão.

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Publicado

2022-12-30

Edição

Seção

Dossiê Temático

Como Citar

O desmoronamento do tempo: as dobras da memória em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto. (2022). Via Litterae (ISSN 2176-6800): Revista De Linguística E Teoria Literária, 14(e1400), 01-17. //www.revista.ueg.br/index.php/vialitterae/article/view/12866