DISCURSO E MEMÓRIA NA LENDA “O ARRANCA-LÍNGUAS”
DOI:
https://doi.org/10.31668/revsap.v10i6.12668Resumo
As lendas estão presentes no cotidiano, por isso, analisar as lendas da região é dizer de um lugar no qual o sujeito pode se identificar por uma memória que o constitui, produzindo diferentes sentidos. Com base na teoria da Análise de Discurso de linha materialista, iniciada nos anos 60 por Pêcheux (2009), na França, e desenvolvida por Orlandi (2007, 2016) no Brasil, analisa-se como esse atravessamento constitutivo das formações discursivas da moral, da religião (re) significam o horror e o sobrenatural em versões da lenda “Arranca-línguas”. Para isso, abordamos as concepções de lenda, numa relação com o discurso e a memória. Depois analisamos as versões da lenda, uma veiculada na mídia online e outra na obra de Câmara Cascudo (1999), observando a relação entre horror e o corpo do monstro (COURTINE, 2011). Compreende-se que o sobrenatural faz parte da lenda produzindo efeitos moralizantes, esses efeitos são atravessados por discursos, dizeres anteriores que significam os sujeitos a partir de uma memória coletiva, do inconsciente coletivo, e essa moral, que atravessa esses dizeres, produzindo o corpo do monstro como lugar de (des)estabilização dos sentidos.
Palavras-chave: Discurso. Sobrenatural. Lenda. Monstro.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).