DISCURSO E MEMÓRIA NA LENDA “O ARRANCA-LÍNGUAS”

Autores

  • Fernanda Surubi Fernandes Universidade Estadual de Goiás – UEG/Iporá
  • Olimpia Maluf-Souza Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT/Cáceres

DOI:

https://doi.org/10.31668/revsap.v10i6.12668

Resumo

As lendas estão presentes no cotidiano, por isso, analisar as lendas da região é dizer de um lugar no qual o sujeito pode se identificar por uma memória que o constitui, produzindo diferentes sentidos. Com base na teoria da Análise de Discurso de linha materialista, iniciada nos anos 60 por Pêcheux (2009), na França, e desenvolvida por Orlandi (2007, 2016) no Brasil, analisa-se como esse atravessamento constitutivo das formações discursivas da moral, da religião (re) significam o horror e o sobrenatural em versões da lenda “Arranca-línguas”. Para isso, abordamos as concepções de lenda, numa relação com o discurso e a memória. Depois analisamos as versões da lenda, uma veiculada na mídia online e outra na obra de Câmara Cascudo (1999), observando a relação entre horror e o corpo do monstro (COURTINE, 2011). Compreende-se que o sobrenatural faz parte da lenda produzindo efeitos moralizantes, esses efeitos são atravessados por discursos, dizeres anteriores que significam os sujeitos a partir de uma memória coletiva, do inconsciente coletivo, e essa moral, que atravessa esses dizeres, produzindo o corpo do monstro como lugar de (des)estabilização dos sentidos.

Palavras-chave: Discurso. Sobrenatural. Lenda. Monstro.

Biografia do Autor

  • Fernanda Surubi Fernandes, Universidade Estadual de Goiás – UEG/Iporá

     

     

     

  • Olimpia Maluf-Souza, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT/Cáceres

     

     

     

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Publicado

2021-12-12