O CIDADÃO INVISIBILIZADO

PANDEMIA DE COVID-19 E POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE BELÉM

Autores

Resumo

Entre março e julho de 2020 morreram mais de cinco mil pessoas em decorrência de COVID-19, em Belém, capital do Pará. O enfrentamento da pandemia exigiu respostas que promovessem a proteção do cidadão. Entretanto, apesar de constar na Constituição Federal de 1988 que todos os indivíduos são iguais perante a lei, esta não é uma realidade quando se considera a população em situação de rua. Neste sentido, este artigo objetivou refletir sobre a condição de cidadania e de invisibilidade da população em situação de rua, em Belém, durante a pandemia de COVID-19. Para tanto, foi utilizada análise do conteúdo das narrativas presentes na live realizada pela Associação Brasileira de Psicologia Social, registrada em vídeo na plataforma social YouTube, no dia 23 de maio. Verificou-se que foram tomadas medidas protetivas para a população em situação de rua a fim de diminuir os impactos da pandemia, como o abrigamento temporário. No entanto, a situação de extrema vulnerabilidade permaneceu inalterada ao longo da pandemia, especialmente frente às dificuldades de articulação política. Por outro lado, é possível considerar que a disseminação de informações e de ações coletivas junto à população teriam ajudado a formar uma consciência cidadã e a superar a condição de invisibilidade da população em situação de rua.

Biografia do Autor

  • Lia Cristina da Silva Botega, Universidade da Amazônia

    Graduada em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2006). Especialista em Psicologia com ênfase em Gestalt Terapia pelo Centro de Capacitação em Gestalt Terapia - CCGT (2009) e especialista em Psicologia Hospitalar pelo Centro de Estudos Psico-cirúrgicos - USP e Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Viana - FHCGV (2014). Atualmente é mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura - PPGCLC da Universidade da Amazônia, atua no Centro de Referência Especializado em Assistência Social Marialva Casanova Guimarães - CREAS, em clínica particular e é professora do Curso de Especialização em Gestalt Terapia oferecido pelo Centro de Capacitação em Gestalt Terapia, onde também é membro da Comissão Científica. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica, Psicologia aplicada à Assistência Social e Gestalt Terapia, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestalt terapia, pesquisa, psicologia social, psicologia hospitalar, supervisão clínica, iniciação científica, orientação de pesquisa e projetos sociais.

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Publicado

2021-10-18

Edição

v. 10 n. 2 (2021)

Seção

Artigos

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