DIÁLOGOS DE SABERES SOBRE O MANGUEZAL:
EXPERIÊNCIAS LÚDICAS COM MARISQUEIRAS DE PARACURU (ESTADO DO CEARÁ)
DOI:
https://doi.org/10.31668/nwc20h90Palavras-chave:
Educação Ambiental, Etnociência, Percepção ambientalResumo
Este estudo retrata experiência de Educação Ambiental (EA) desenvolvida com mulheres marisqueiras em Paracuru, município litorâneo do Ceará, cuja população tradicional tem forte vínculo com os ecossistemas costeiros, em especial o estuário do rio Curu. O objetivo da ação foi promover o diálogo entre saberes científicos e tradicionais, por meio de dinâmicas participativas sobre ecologia estuarina. As atividades foram realizadas em fevereiro de 2025, no IFCE – Campus Paracuru, junto ao Coletivo Guerreiras das Águas, durante evento alusivo ao Dia da Marisqueira (22/02), e abordaram temas como biodiversidade, relações tróficas e percepção ambiental, com participação de cerca de 30 pessoas. As metodologias empregadas foram lúdicas e visuais, incluindo jogos, encenações e produção artística. Os resultados revelaram que as participantes mobilizaram conhecimentos empíricos adquiridos ao longo da vivência no manguezal, demonstrando capacidade de interpretar e representar criticamente as relações ecológicas do ambiente, bem como identificaram impactos ambientais existentes, que afetam a mariscagem. A mediação dialógica e o reconhecimento dos saberes locais favoreceram a apropriação dos conteúdos científicos de forma significativa. Conclui-se que práticas educativas que valorizam o conhecimento tradicional contribuem para o fortalecimento do protagonismo comunitário e para a conservação ambiental participativa, sendo fundamentais no contexto de uma EA crítica, inclusiva e permanente.
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