AINDA JANE JACOBS? ENTRE AS CONTRADIÇÕES E AS FRONTEIRAS DA CULTURA E DO TEMPO
DOI:
https://doi.org/10.31668/yc14mv86Palavras-chave:
Jane Jacobs; teoria do urbanismo; vitalidade urbana.Resumo
Este artigo examina a relevância e as limitações da obra "Morte e Vida de Grandes Cidades" de Jane Jacobs, publicado em 1961, destacando suas críticas ao planejamento modernista e a sua repercussão no urbanismo contemporâneo. Embora Jacobs defenda ruas vibrantes como espaços essenciais para a vitalidade urbana, seu discurso enfrenta críticas por contradições e por ter ignorado complexidades sociais, culturais e raciais. A pesquisa se propõe a explorar as fragilidades da obra de Jacobs à luz das críticas de autores como Berman, Bratishenko, Hospers e Tavolari, e compara o contexto urbano descrito na obra original com a realidade contemporânea da cidade de Anápolis, Brasil. A análise crítica ressalta como as diferenças culturais e temporais entre os EUA dos anos 1960 e o Brasil atual evidenciam a insuficiência da obra para orientar o debate urbano na atualidade. Por meio de uma revisão das tensões e contradições da obra de Jacobs, bem como da construção de quadros comparativos, o artigo sugere a necessidade urgente de enriquecer o debate urbanístico com teorias complementares que considerem aspectos contemporâneos, reconhecendo as limitações da celebração acrítica do trabalho de Jacobs. As conclusões enfatizam a importância de expandir o repertório teórico no campo do urbanismo, propondo novos caminhos que contemplem de forma mais abrangente as realidades sociais e culturais das cidades atuais.
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