A GEOGRAFIA NÃO ME DEIXA DORMIR:
AS MARCAS NA PELE DA SOCIEDADE E DO TERRITÓRIO DE MOÇAMBIQUE
Resumo
Resumo: Objetivou-se com este trabalho traçar algumas características físicas, culturais e de infraestrutura moçambicana, bem como analisar os aspectos econômicos, sociais e políticos da atualidade. Com 45 anos de independência da metrópole portuguesa, Moçambique tem as marcas das lutas desse período na pele da sua sociedade e do seu território. Quem olha e afirma isso são pesquisadores curiosos pela Geografia deste lugar e que buscam descortinar as relações apreendidas nas incursões pelas províncias de Nampula, Maputo, Gaza e Inhambane. Para isso, foram registrados e analisados diversos momentos e situações nos quais o país apresenta óbvios contrastes. Resquícios do modelo colonizador português são apresentados nos constantes conflitos civis armados e na corrupção institucionalizada. Entre as ameaças imperialistas do presente, a pilhagem territorial feita por empresas e instituições brasileiras responsáveis pela explotação mineral e, também, pela exploração religiosa que promete prosperidade. No mesmo contexto, aos chineses cabem a ameaça à produção de alimentos nas machambas diante da incorporação das terras do campesinato moçambicano. Parece que assistimos a tudo como sob efeito do creme da mafura. Apesar das dificuldades sociais muitas vezes atreladas aos desastres naturais e às ameaças do presente, Moçambique se destaca pela vontade de superação e pela busca de seu lugar no cenário geoeconômico africano e, quiçá, mundial. Entretanto, os caminhos para ainda enfrentarão a política polarizada pelos mesmos grupos que estiverem em guerra, nas décadas de 1970 a 1990, e que hoje são os partidos FRELIMO e RENAMO.
Palavras Chave: África, Fotografia. Missão Científica, Políticas Públicas.
Abstract: The objective of this work was to trace some physical, cultural and Mozambican infrastructure characteristics, as well as to analyze the current economic, social and political aspects. With 45 years of independence from the Portuguese metropolis, Mozambique has the marks of the struggles of that period in the shoes of its society and its territory. Those who look and affirm this are researchers who are curious about the geography of this place and who seek to unveil the relationships learned in the incursions by the provinces of Nampula, Maputo, Gaza and Inhambane. For this, several moments and situations were recorded and analyzed in which the country has obvious contrasts. Remnants of the Portuguese colonizing model are presented in the constant armed civil conflicts and institutionalized corruption. Among the imperialist threats of the present, territorial looting by Brazilian companies and institutions responsible for mineral exploitation and, also, for religious exploration that promises prosperity. In the same context, the Chinese face the threat to food production on the machambas in view of the incorporation of Mozambican peasantry lands. It seems that we watched everything as if under the influence of the mafura cream. Despite the social difficulties often linked to natural disasters and the threats of the present, Mozambique stands out for its will to overcome and for its search for its place in the African and perhaps global geoeconomic scenario. However, the paths to still face polarized politics by the same groups that were at war in the 1970s and 1990s, which today are the FRELIMO and RENAMO parties.
Keywords: Africa, Photography. Scientific Mission, Public Policy.
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