COMO ABORDAR O SELFIE A PARTIR DE UMA VISÃO CRÍTICA REFLEXIVA TENDO COMO BASE O ENSINO DE ARTE?
DOI:
https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v3n2-8162Resumo
O tema deste trabalho é a hiperexposição dos jovens nas redes sociais por meio dos selfies. Recorte realizado principalmente a partir da observação em ambiente escolar, durante a experiência como docente. Assim, há o questionamento entre a prática do selfie e a formação da identidade. Para abordar tal prática optou-se por uma pesquisa qualitativa onde foi feito um breve levantamento histórico sobre o autorretrato na História da Arte, desde seus primórdios até o advento da fotografia e da tecnologia digital. A partir das análises contextuais de Stuart Hall, sobre as identidades múltiplas, e de Debord, sobre a Sociedade do Espetáculo. Foi proposto a vinte estudantes com faixa etária entre 16 a 18 anos do Centro de Ensino Médio 02 (CEM 02) de Planaltina – Distrito Federal (DF), uma proposta educativa de quatro etapas que visava investigar a questão do processo de formação da identidade tendo como base a apreciação e a análise dos retratos produzidos pela artista Cindy Sherman e a relação signo/objeto na obra Uma e Três Cadeiras (1965), de Joseph Kosuth. Tal proposta foi elaborada a partir da abordagem triangular de Ana Mae Barbosa. Com os objetivos de estimular entre os estudantes por meio da análise, da prática e da contextualização a consciência crítica, a criação e a ressignificação identitária de seus próprios selfies/autorretratos postados no ciberespaço por intermédio das redes sociais.Referências
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