OLHARES CRUZADOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A MULHER NEGRA E O CINEMA EM CHAVE INTERSECCIONAL

Autores

  • Iara Pires Viana UFMG
  • Rosane Pires Viana UFMG

DOI:

https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v4n2-9521

Palavras-chave:

Fanon, Feminismo Negro, Decolonial, Cinema, Olhar

Resumo

A proposta desta revisão bibliográfica é uma tessitura da obra Pele Negra, Máscaras Brancas, livro de estreia de Frantz Fanon tendo como lente a escrita afirmativa de bell hooks, escritora feminista negra, em sua obra The Oppositional Gaze: Black Female Spectators. A linha argumentativa será alicerçada no pensamento decolonial, interseccionando as escritas sobre como a mulher negra vê e é vista no cinema. O olhar oposicionista se configura como uma rebelião política e de resistência contra a repressão do direito dos(as) negros(as) a um olhar. A expressão "olhar oposicionista" foi cunhada por feministas, acadêmicas e ativistas sociais em 1992. Discorreremos acerca da obra de bell hooks como parte da teoria do cinema feminista, que critica o olhar machista através das relações de poder de Michel Foucault. hooks afirma que "há poder em olhar". As vertentes interseccionalidade e o pensamento decolonial são consideradas pelas autoras como formas de “ações afirmativas” no âmbito educacional do audiovisual, uma vez que objetivam eliminar desigualdades historicamente acumuladas no tocante à diferenciação de raça e da classe.

Biografia do Autor

  • Iara Pires Viana, UFMG

    A proposta desta revisão bibliográfica é uma tessitura da obra Pele Negra, Máscaras Brancas, livro de estreia de Frantz Fanon tendo como lente a escrita afirmativa de bell hooks, escritora feminista negra, em sua obra The Oppositional Gaze: Black Female Spectators. A linha argumentativa será alicerçada no pensamento decolonial, interseccionando as escritas sobre como a mulher negra vê e é vista no cinema. O olhar oposicionista se configura como uma rebelião política e de resistência contra a repressão do direito dos(as) negros(as) a um olhar. A expressão "olhar oposicionista" foi cunhada por feministas, acadêmicas e ativistas sociais em 1992. Discorreremos acerca da obra de bell hooks como parte da teoria do cinema feminista, que critica o olhar machista através das relações de poder de Michel Foucault. hooks afirma que "há poder em olhar". As vertentes interseccionalidade e o pensamento decolonial são consideradas pelas autoras como formas de “ações afirmativas” no âmbito educacional do audiovisual, uma vez que objetivam eliminar desigualdades historicamente acumuladas no tocante à diferenciação de raça e da classe.

  • Rosane Pires Viana, UFMG

    Mestre em Teoria da Literatura, Professora de Língua Portuguesa Formada na Faculdade de Letras da UFMG, Pesquisadora das Relações Étnico Raciais Coordenou a Publicação Ações e Orientações para a Educação das Relações Raciais da SECADI/MEC. Atualmente está na Vice Direção da Escola Municipal Francisca Alves em BH.

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Publicado

2019-09-20